A ênfase sobre sexo está em qualquer lugar para onde olhamos. Somos bombardeados com imagens de conteúdo sexual através de propagandas, programas de TV, músicas, vídeos, internet, conversas, etc. É incontestável que o erotismo vende, atrai a mídia, inspira e excita. Todavia, grande parte da informação emitida sobre essa matéria é confusa e conflitante com os princípios para uma sociedade saudável e nem todos estão cientes do que realmente estão comprando. A força do sexo distorcido pode ser usada para corromper princípios morais e éticos, e destruir vidas e relacionamentos.
O processo de erotização da sociedade pode ser observado a partir dos seguintes dados: Em dezembro de 2004, a Polícia Federal apreendeu 166 CDs e dois computadores, que continham mais de 560 mil fotos de pornografia infantil, na casa de um professor de artes marciais, em Volta Redonda , RJ. Ele foi acusado de ter abusado sexualmente de pelo menos vinte crianças e de ter produzido, divulgado e trocado fotos e vídeos de menores no Brasil e no exterior. O conteúdo de algumas músicas em inglês e português é altamente pornográfico, pois de cada vinte letras, dezesseis falam de sexo e paixão. A Internet democratizou o mundo erótico. Segundo a ONG italiana Telefono Acorbalino, de 2002 a 2003, houve um aumento de 70,35% no número de sites com pornografia infantil. Pois uma das facilidades desse meio de acesso é o anonimato aparente.
O fato é que a sociedade contemporânea vivencia não apenas uma revolução, mas uma re-definição de seus valores morais. É bom lembrarmos da origem histórica da revolução sexual, através da liberação sexual de 1960 “faça amor, não faça guerra”; A invenção da pílula anticoncepcional; O crescimento da homossexualidade.
A intensidade do interesse sexual contemporâneo é visto em rodas de bate-papo, escolas, comercio e casas, usando a seguinte frase “tudo é permitido, desde que você não prejudique ninguém e tudo é justificado se traz felicidade”. Assim sexo passou a ser o centro da vida entre as pessoas a tal ponto que se alguém não tem uma vida sexual ativa, é um candidato forte a brincadeiras destrutivas nas conversas entre amigos e nas diversas classes sociais.
A pornografia passou a ser socialmente aceita e grandemente praticada na dimensão virtual. Sua aceitação tem sido divulgada através da TV, internet, jogos de computadores, jogos na internet, letras de música, video clips via telefones celulares. Esta aceitação é freqüentemente justificada como a necessidade de “apimentar” os relacionamentos e “quebrar” a rotina. Contudo, poucos refletem acerca daquilo que realmente estão ouvindo e olhando. Crianças tem presenciado o avanço e a ousadia dos comerciais de televisão onde tudo é “apimentado” pelo sexo.
A sociedade contemporânea vivencia também a normalização do comportamento homossexual. A cosmovisão homossexual tem sido celebrada como uma expressão da liberdade “sair do armário”, que implica em buscar seu direito a escolha. Isso não implica em apenas a aceitação de suas práticas, mas a celebração de sua condição. Assim essa cosmovisão homossexual coloca-se contraria ao padrão divino para a satisfação sexual, o qual envolve um homem e uma mulher, devidamente comprometidos “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?” (Mt 19.4-5).
A ênfase na sexualidade está levando a “família tradicional” a destruição. Pois tradicionalmente o conceito de família envolve um elo de compromisso e afeto entre um marido, uma esposa e seus filhos, quando os têm. Esse conceito hoje já não é mais uma unanimidade entre as pessoas. O divórcio tem sido facilmente aceito na sociedade contemporânea, pois o conceito de pureza para o matrimônio tornou-se algo ultrapassado. Hoje há o sexo sem amor, pois o sexo virtual é sem compromisso, é egoísta. Para ter filho hoje em dia, basta à mulher ir ao laboratório, pois, a presença do cônjuge não é mais necessária, isso porque para mulher ser mãe hoje, não necessita ser casado, basto querer ser genitora. Assim, as novas famílias contemporâneas são re-estruturadas segundo a perspectiva de cada um.
Vivemos o desprezo pelos conceitos tradicionais sobre sexo. Existe hoje, uma opinião geral de que o chamado “sexo normal”, ou seja, o ato íntimo envolvendo um homem e uma mulher, é muito “monótono” e “arcaico” para uma geração acostumada a variedades e novidades. A influência da pornografia parece ter convencido grande parte da sociedade contemporânea de que tudo que é extravagante é o padrão a ser perseguido e seguido. Parece não haver quaisquer limites neste sentido, pois os meios de comunicação parecem glorificar o sexo grupal, e a bissexualidade. Neste sentido, há que se atentar para o fato de que uma das mensagens divulgadas pela pornografia é que tudo é válido desde que haja satisfação e prazer. Assim, não é incomum encontrar pessoas viciadas em pornografia que acha normal a prática da pedofilia, do incesto e até da bestialidade. O fato é que ênfase sobre sexo reduz a satisfação ao prazer sexual, porque propõe a redenção através do sexo, onde a adoração sexual conduz ao sacrifício humano.
Portanto, é importante salientarmos, que a necessidade que o homem e a mulher possuem um pelo outro, surge de uma relação fundamentada no ato criador de Deus (Gn 2.18), onde o que se pensa e se faz sexualmente tem conseqüências no ser total do individuo, nesta vida e na próxima. Porque para o cristão, o sexo envolve terna gratidão, devoção pessoal e responsabilidade gratificante para com Deus.
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