quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Perspectiva Bíblica sobre o Sexo


 A Bíblia aborda a sexualidade humana de uma perspectiva vista através do propósito de Deus para os ser humano. As Escrituras Sagradas mostram que o fim principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre. Assim o universo material é muito limitado para oferecer satisfação última ao ser humano. Deus criou o homem e colocou a eternidade no seu coração e, portanto, somente a comunhão com Deus pode trazer-lhe real satisfação (Mt 6.9-21). Portanto, todas as coisas nesta vida só são corretamente desfrutadas quando exercitadas sob a perspectiva do Criador e Senhor de tudo e de todos, isso é válido também para a sexualidade humana (1Co 6.13).
Desta maneira, através de uma perspectiva bíblica, podemos dizer que a espiritualidade humana define o exercício da sexualidade humana. Neste sentido, há que se entender que o sexo é um assunto com implicações espirituais. A tentativa de divorciar espiritualidade de sexualidade prejudica a compreensão humana da questão (1Co 6.15). Além do mais, toda a distorção sexual ao nosso redor tem origem espiritual e não apenas cultural. Isso fica evidente, quando o apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, ensina que a expressão da rebelião moral do homem contra Deus se dá através de um formato sexual (Rm 1.20-26). Portanto, a pressão sexual vinda da erotização social é um elemento de batalha espiritual contra a qual cada cristão está envolvido.
As igrejas Protestantes entendem que a Bíblia estabelece a bênção da sexualidade como originada em Deus. Pois, o sexo é um presente de Deus para o ser humano, pois foi ele quem criou o ser humano e ordenou “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1.28). O prazer sexual, portanto, não deve ser divorciado do reconhecimento de Deus como o Autor da bênção. Assim, adorar a bênção ao invés do Autor da mesma resulta em danos espirituais e sociais incalculáveis para o ser humano, isso é igual ao que os israelitas fizeram com a serpente de bronze (2Re 18.4). Portanto, acusar o sexo de ser algo sujo ou imundo é difamar a criação de Deus e deixar de dar-lhe a glória devida. O que torna o sexo impuro é quando o mesmo é usado como um instrumento para expressar a rebeldia humana e a ofender ao Criador.
Podemos ver que a intimidade sexual foi especialmente planejada por Deus para completar o casal no matrimônio. Pois, o ser humano foi criado como homem e mulher e a união dos dois resulta na maior complementaridade possível durante a vida terrena. Esse senso de complementaridade não é obtido na prática do sexo fora do casamento, porque sexo fora do matrimonio, é sinônimo, de culpa, frustração, insegurança, etc.
Dessa maneira, não é correta a atitude de alguns cristãos de tentar matar o desejo sexual. Porque a Bíblia não incentiva a matar o desejo sexual, mas a direcioná-lo ao matrimônio (Pv 5.8-21), pois as Escrituras afirmam que Deus é o vingador contra toda a impureza e defraudação na área do sexo fora do matrimônio, pois o corpo pertence a Deus (1Ts 4.3-8). Portanto, o cristão deve tomar cuidado, porque a cultura contemporânea separa os casais e destrói a unidade própria do ato sexual, através do adultério, pornografia, homossexualismo, etc. Por isso, a Bíblia mostra que o exercício sexual seja constante na vida do casal (1Co 7.1-6).
Através de uma perspectiva bíblica com respeito à sexualidade humana, aprendemos que a Bíblia mostra as bênçãos provenientes da intimidade sexual do casal que busca estar no centro da vontade de Deus. É interessante observar que o livro de Cantares não menciona nenhuma criança, nem atividades estressantes, mas apenas o deleite do casal. Ali em cantares o casal é exortado a desfrutar da intimidade sexual com criatividade e com intensidade. Ao afirmar que o homem e a mulher se tornam uma “só carne” (Gn 2.24), notamos que isso ocorre através da intimidade sexual no casamento (Gn 24.67 e 2Sm 12.24). Por isso, o objetivo de Deus para a atividade sexual envolve também a multiplicação. Maridos e esposas que se privam desta bênção andam por caminhos que não agradam o Senhor e não desfrutam do “todo resultante da atividade sexual”. Esta é a razão pela qual as Escrituras afirmam que os filhos são herança e galardão da parte de Deus (Sl 127.3).
Portanto, a perspectiva bíblica a respeito da sexualidade humana deixa claro que Deus chamou os seus filhos e filhas à santidade e pureza antes que à felicidade impura (1Co 6.18 e 1Ts 4.3). Um prazer impuro resulta em tormentos, aflições e tormentos dos quais poderíamos ser poupados, porque sexo pode ser comparado a um rio, ou seja, em seu curso é uma bênção, mas quando se desvia do seu leito traz inundações, destruição e mortes.

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