segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Homens Aprovados por Deus


   Em nossos dias, há uma tendência de pensar Igreja como um clube de serviço: paga-se mensalidade para desfrutar de um pacote de produtos e serviços. Logo, por ser um cliente, exige-se (naturalmente!) que as vontades sejam supridas. A música deve se aproximar do estilo e repertório preferenciais, o ambiente precisa atender ao padrão estético e o horário dos eventos deve conformar-se à agenda pessoal. Não bastassem tais exigências, a mensagem também precisa acomodar-se ao perfil: tom de voz adequado, conteúdo que gere agradabilidade, duração que não prejudique a agenda pós-culto, entre outras particularidades. Mas, o que transmite mais preocupação não é nem esse espírito consumista de nossos dias (embora este seja terrível!), e sim que muitos líderes sedem a tais exigências, comportando-se como – de fato – a diretoria desse “clube” que tem como foco a satisfação do público/sócio. Sabemos também que, contrário a essa perspectiva, temos o conceito bíblico de Igreja: o Corpo de Cristo, a comunhão dos santos com o propósito principal de glorificar a Deus e, como conseqüência disso, proclamar as virtudes daquele que chama das trevas para a luz maravilhosa (1 Pedro 2.9). Assim, preocupado com isso, gostaria de olhar para o texto de 1Tessalonicenses 2.1-12 e observar alguns aspectos fundamentais que devem fazer parte do perfil dos líderes da Igreja de Cristo, para que haja condição de conduzir a Igreja para a glória Dele.
1. Frutificação. Muitas vezes os líderes correm constantemente o risco de se agarrarem ao título e tê-lo como um fim em si mesmo, esquecendo-se que ele somente será autenticado através de seu labor, e de um labor para a glória de Deus.
2. Ânimo. Mesmo em meio às lutas, não desistirem, não desanimarem, mas confiarem no Senhor, que fortalece os seus servos a lutar. “Apesar de maltratados e ultrajados”, disse Paulo, “tivemos ousada confiança em nosso Deus” (v2), ou conforme a versão King James, “nosso Deus nos proporcionou uma disposição corajosa”.
3. Pureza. Em nossos dias há muitos impostores, estelionatários que conduzem o povo ao engano, bem como nos dias de Paulo. Logo, ele faz aqui sua defesa, dizendo que sua mensagem não é como a deles, baseada no erro, mas na verdade do evangelho; que sua motivação não é impura, com o intuito de tirar proveito; nem usa artifícios para enganar as pessoas (v3). Essa deve ser a postura da liderança, uma liderança aprovada, que tem consciência de que Deus os confiou a proclamação do Evangelho (v4).
4. Que tenham como alvo o agradar a Deus e não os homens (v4). Que não usem de linguagem de bajulação para executar seus intuitos gananciosos, roubando o coração do povo, buscando a glória dos homens, mas que busquem a glória de Deus (v5-6).
5. Que ame o povo do Senhor e cuide deles assim como uma mãe cuida de seus filhos, não sendo um fardo para eles. Doando-se a si mesmo pelo rebanho do Senhor, ao ponto de, se necessário, dar-lhes a própria vida (v7-9).
6. Viver de modo piedoso, tendo uma profunda intimidade com o Senhor; de forma justa, sendo um homem inteiro, íntegro não de dupla face, sem áreas escuras no seu caráter; e viver irrepreensivelmente, que não se tem o que dizer dele, na sua relação com os outros (v10).
7. Ser apto: para exortar, como um pai em relação a seu filho, que depois de corrigir-lo, abraça-o demonstrando seu amor por ele; consolar suprindo suas aflições, sendo instrumento de Deus através da sua palavra para animar o abatido; e admoestar os irmãos, confrontando-os, mesmo que se necessário isso gere lágrimas (v11-12).
8. Almejar o bem dos irmãos – exortando, consolando e admoestando-os – tendo como interesse ajudá-los a viverem de modo digno do Senhor (v12).
Temos muitas outras características dispostas ao longo das Escrituras, que devem fazer parte do perfil de um líder. Mas se estas forem encontradas nele, quão glorificado será o Senhor. Portanto, dobremos nossos joelhos pelos nossos líderes, suplicando ao Senhor que os sustente e que desperte a Igreja de Cristo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Precisamos de Deus?


PRECISAMOS DE DEUS? Parece estranho começar um artigo com uma pergunta como esta. Contudo, há uma razão muito séria para que esta reflexão se dê neste espaço. Nos últimos anos temos presenciado um avanço extraordinário do homem na área tecnológica, todos os dias somos surpreendidos por novidades extraordinárias como a TV digital, a transmissão em 3D e a já anunciada morte do DVD, sendo substituído pelo Blue-ray. Acompanhamos o surgimento de potentes computadores que são comercializados a preços insignificantes e o uso da internet já se tornou um veículo de comunicação muito popular. Em outras áreas da ciência, como a medicina, também vemos importantes avanços que tendem a se aperfeiçoar ainda mais, agora que o DNA teve sua seqüência decifrada. Muitas cirurgias são feitas sem que nenhum corte seja dado no paciente e há quem diga que, em muito pouco tempo, seremos capazes de antever doenças com exames rotineiros. Nossos veículos automotores são cada vez mais impressionantes. Muitos vêm equipados com sistema de navegação por satélite (GPS) e já existem modelos sendo comercializados que são capazes de estacionar sozinhos. E se não bastasse tudo isso, o futuro é muito promissor. Quanto avanço! Quanta conhecimento! Quantas maravilhas! Tudo isso tem feito o homem da pós-modernidade perguntar: Será que realmente precisamos de Deus? Confesso que uma das maiores preocupações que ocupam o meu coração é a maneira como os crentes tem interagido com este tempo. Estamos tão envolvidos nessa onda de avanços que muitas vezes depositamos nestes recursos a confiança que deveríamos ter somente em Deus. É preocupante perceber a maneira irresponsável com que muitos vêm cuidando da sua vida espiritual. Não se pode mais falar em freqüência à Escola dominical, pois a participação de muitos já se tornou acidental. A busca pelo conhecimento da vontade revelada pelo Senhor, nas Escrituras Sagradas, que era a tarefa mais excelente da Escola Dominical, está em franco declínio. E estas realidades associadas à outra série de desleixos espirituais me fazem entender que muitos “crentes” também, começam a questionar no seu coração, se realmente precisam de Deus. Ainda que não sejam corajosos o bastante para verbalizar esse questionamento, vivem exatamente como o espírito de nossa época. É hora de resgatarmos o anelo, o desejo profundo, a sede e a dependência absoluta que temos do Senhor. É hora de recuperarmos o tempo de oração, de meditação e de profunda espiritualidade que marcaram a igreja em períodos de trevas como estes em que vivemos. E devemos fazê-lo antes que muitos sejam sufocados e terrivelmente feridos pelo nosso tempo, mas principalmente pela mão de juízo do Senhor que conhece os intentos do coração do homem. Afinal de contas não há algo que precisemos mais do que do Senhor dirigindo nossas vidas. Pense nisto hoje e busque a graça de Deus!

Esperei Confiadamente pelo Senhor


Somos uma sociedade pós-moderna que esperamos desfrutar o máximo de tudo, aqui e agora. Com isso, são poucos os que aprenderam a esperar e confiar no Senhor. O texto do Salmo 40.1-5 é um lindo salmo de Davi, onde ele clama o livramento e socorro do Senhor. Davi teve que aprender a esperar e a confiar no Senhor. Confiança e esperança estão relacionadas com a fé em Deus. Davi esperou Deus fazer algo na sua vida, e isso confiadamente (v2). A sua palavra foi: “esperei confiadamente pelo Senhor”. No hebraico esta palavra representa uma reduplicação intensiva de esperar, isto é, literalmente “esperei e esperei com paciência pelo Senhor”, fruto de sua experiência com Deus. Esperar é ter esperança, é ter confiança, é ter fé. Esperar com paciência é uma grande expressão de fé, que significa suportar pacientemente com uma confiante esperança de que Deus agirá decisivamente em meu favor (v1). Podemos ver neste texto as recompensas para aqueles que esperam confiadamente pelo Senhor, que são: 1. Ser ouvido por Ele (v1); 2. Ser levantado pelo Senhor, quando está prostrado (v2), pois Deus firma os pés e dá vitória; 3. Ver os milagres de Deus em sua vida (v3,5); 4. Ser feliz, pois Deus põe nos lábios um novo cântico de louvor e gratidão (v3,5); 5. Ter a oportunidade de testemunhar as maravilhas que Deus tem operado (v5); Quero concluir dizendo, que a palavra de Deus nos ensina a confiar e esperar Nele, e que coloquemos no Seu altar todos os nossos anseios, necessidades, temores, sonhos e alegrias, enfim, toda a nossa vida tem que estar no altar do Senhor, como nos ensina Davi neste salmo. Que aprendamos com Davi a esperar confiadamente pelo Senhor e descansar Nele. Não nos moldes de uma sociedade pós-moderna, mas segundo o propósito de Deus para nossas vidas. Que Deus nos abençoe.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Você é Membro do Corpo de Cristo?


Todo membro do corpo de Cristo tem o dever de proteger a unidade da igreja. Não há nada mais desgastante do que uma igreja sem união, sem harmonia e sem entendimento. E o contrário também é verdadeiro: não há nada mais abençoador do que uma igreja unida e entrelaçada fraternalmente, e quando isto acontece, a igreja se torna um lugar de benção, de cura e de vida (Sl 133). Esta compreensão deve levar eu e você, a praticarmos o seguinte: 1. Agir em amor com os outros (1 Co 16.14). Escrevendo para a igreja de Corinto, uma igreja que enfrentava sérios problemas de comunhão, o apóstolo Paulo exortava a todos os membros da igreja para que todos os seus atos “fossem em amor”. Aliás, é o caminho sobremodo excelente no qual todo cristão deve andar. 2. Recusar a maledicência (Ef 4.29 e 1Pe 2.1). Precisamos aprender a controlar a nossa língua (nossas palavras), pois não raramente ferimos e machucamos com nossa língua as pessoas que estão ao nosso redor, causando confusão, tristeza, desânimo e destruição (Tg 3). Não podemos esquecer, ainda, que a maledicência é algo que vem do inferno. 3. Seguir os nossos líderes (Hb 13.7). Como estes precisam do apoio dos membros da igreja, não somente o pastor, o evangelista, o conselho, a junta diaconal, mas todo líder de ministério, de sociedades internas etc., como precisam de sustentação e apoio espiritual. Pergunte a si mesmo: que tipo de membro tenho sido? Aquele que apenas critica, que espera o máximo, que exige perfeição da liderança, ou aquele que está disposto a cooperar, a obedecer, a honrar? Pense nisso. E que Deus te abençoe.

O Reino Contra-Ataca 3


Esse é o terceiro e último artigo desta série sobre os cavalos do apocalipse, enfatizamos no último artigo a figura do terceiro cavalo com cor preta, pois, a primeira força é o  cavalo branco, que mencionaremos no final de cada mensagem, a segunda é o cavalo vermelho, que enfatiza sobre as guerras, onde o servo do Senhor é chamado a orar pela paz, seguir a paz com todos; o terceiro cavalo, de cor  preta, que  é a economia, onde o cristão são chamados a serem fiéis ao Senhor nos seus dízimos e ofertas. O pastor e apóstolo João, procura preparar os servos de Cristo da Ásia Menor para os males que surgiriam no tempo presente e vindouro, e quando ele diz sobre o cavalo Amarelo, assim escreve: “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra” (Ap 6. 7 e 8). João esta enfatizando a respeito de uma força chamada pragas e pestes, que infelizmente tem tirado a paz das pessoas desde os tempos primórdios, como por exemplo, os gafanhotos, e as pestes comuns da época. No passar dos tempos surgiram pestes como por exemplo: gripe espanhola e a peste negra, que mataram centenas e milhares de pessoas pelos países afora. Essa força em nossos dias se manifesta de algumas maneiras, como por exemplo: Febre amarela, Gripe Suina, e a pior delas que é a Dengue. Todas elas tem matado, e com certeza  muito mais do que pensamos, pois muitas mortes oriundas de outros motivos tem sido causadas pela diminuição da nossa imunidade,  provocada pela dengue. Nós, servos do Senhor, somos chamados a lutar contra essa força de três maneiras: 1. Responsabilidade – precisamos fazer o trabalho de prevenção, como por exemplo:  cuidarmos da higiene do nosso lar, do nosso quintal, e também ajudarmos os nossos vizinhos nesse trabalho, pois, sofremos muito com a falta de cuidado deles; 2. Cuidado enquanto doentes – esse também é um cuidado, como por exemplo: ir a um profissional da área de saúde, fazer os exames pedidos, e posteriormente fazermos uso medicamentos receitados, e jamais praticarmos a auto-medicação. Fazer a hidratação, repouso que foi exigido. 3. Ter Cristo e nosso viver e fazê-lo conhecido – esse com certeza é o cuidado mais importante da nossa vida, pois, tem a ver com a nossa vida depois da morte. Da morte ninguém escapa, seja por dengue ou qualquer outra coisa. Você pode se prevenir do jeito que for, que com certeza um dia todos nós passaremos por ela. Agora, se a presença de Cristo for viva em nós, a morte é o continuar da nossa vida com o Senhor. E esse conhecimento não pode ficar restrito a nós. O Primeiro Cavalo – Branco – que é Cristo, nos chama a falar sobre Ele em todo o tempo – “vos sois minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, Judéia, Samaria, confins da terra (At 1.8). E vemos os apóstolos praticando esse ide, quando pregam ao carcereiro de Filipos: “Crês no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16.31). Desta maneira, seremos vitoriosos em nossa luta contra essa força, pestes e pragas, que insiste em matar e nos tirar a paz. Que o Senhor nos ajude, a sermos cada dia fiéis a Ele, cuidado da nossa casa e dos nossos vizinhos, fisicamente e espiritualmente, apresentando Jesus Cristo como único Caminho, Verdade e Vida.

O Reino Contra-Ataca 2


Continuando nossa abordagem sobre os cavalos do apocalipse, enfatizamos na ultima postagem a figura do segundo Cavalo com cor vermelha, pois, a primeira força é o cavalo branco, que mencionaremos no final de cada mensagem, que de maneira figurada, dizia que uma força chamada guerra tiraria a paz dos homens, levando muitos à morte. O pastor e apóstolo João, procura preparar os servos de Cristo da Ásia Menor para os males que surgiriam no tempo presente e vindouro, e quando ele diz sobre o cavalo Preto, assim escreve: “Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: uma medida de trigo por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6. 5 e 6). João esta enfatizando a respeito de uma força chamada economia, que infelizmente norteia decisões, exalta e abate nações; enriquece pessoas e as empobrecem. Esta força, que no seio da Igreja tem sido a razão de muitos se aproximarem, por causa de crises financeiras, e muitos se afastarem pelo seu mau testemunho, insiste em pregar as suas peças. Mesmo essa força existindo, e suas conseqüências cada vez mais significativas, vemos que ela tem tirado a paz e destruído apenas um grupo de pessoas dentro da casa do Senhor, que são os infiéis nos seus dízimos e ofertas. Esse grupo sempre sofre com mais intensidade as variações do mercado financeiro, com o aumento da inflação, com a quebradeira dos bancos. São os infiéis nos dízimos e ofertas que são os primeiros a serem demitidos, a quebrarem, e isso porque o devorador está livre para os consumir. Na vida dos fiéis, o Senhor diz: que o devorador seria repreendido, para que o fruto não fosse consumido” (Ml 3.11). O Senhor Jesus que é a primeira força, “que sai vencendo e para vencer”, cavalo branco, nos diz: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: justiça, misericórdia e fé: devíeis, porém, fazer estas coisas sem omitir aquelas!” (Mt 23.23).  O que Jesus diz no final do verso... sem omitir aquelas... se refere aos dízimos, que não devem ser omitidos. E ai vem a resposta para a preocupação diante desta força chamada economia, que é a fidelidade ao Senhor. Isso não significa que jamais passaremos dificuldades, porém, uma certeza temos, que o justo, o fiel, nunca ficará desamparado. Podem vir as crises, as bolhas do mercado imobiliário americano, a crise dos cartões de crédito e tantas outras que certamente virão, que, os que confiam no Senhor, os que são fiéis a Deus, passarão por todos elas, e o Senhor que nunca desampara, abandona, continuará guardando-nos, livrando-nos, dando-nos a paz. Deus é fiel, sempre será, podemos confiar, nEle e em sua Palavra, ela não falha. Bem, às vezes você pode estar questionando: devolver o dízimo na Igreja Presbiteriana? Ela já é grande, está crescendo... Meu irmão, o ensino das Sagradas Escrituras é devolver os dízimos e ofertas, não fala que é só na Igreja Presbiteriana. Você pode devolver em qualquer Igreja que prega a Cristo como Senhor, Único Caminho Verdade e Vida, que certamente você será abençoado. Agora, uma Igreja só tem o que a Igreja Presbiteriana de Juina tem pela fidelidade na pregação da Palavra de Deus. Nesta Igreja nos preocupamos com o ensino da Bíblia desde a mais tenra idade. Às vezes vemos uma Igreja capengando, ficamos com dó, e na maioria das vezes é o Senhor tratando por causa da infidelidade à Mensagem da Palavra de Deus, e queremos amenizar esse tratamento do Senhor. A nossa Igreja é abençoada, e será mais ainda, pois cremos na misericórdia e no agir do Senhor sobre nós. Que o Senhor nos ajude, a sermos cada dia fiéis a Ele, também nos nossos dízimos e ofertas.  

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Reino Contra Ataca 1

Algum tempo atrás, estudamos o livro de Apocalipse, onde aprendemos assuntos variados. Um desses assuntos me chamou a atenção, que foi sobre os cavalos do apocalipse e seus significados. Pela relevância do assunto, estaremos apresentando novamente esses estudos no blogpastoral da nossa Igreja. O Apóstolo João, preso na ilha de Patmos, como inimigo do império romano, recebe uma revelação da parte do Senhor, referente às forças que tentam exercer domínio sobre a vida das pessoas, em especial dos crentes. A primeira força (cavalo) é o branco, que mencionaremos no final de cada mensagem. A segunda força, que será enfatizado neste breve estudo é o cavalo vermelho, que significa a guerra, descrito no texto da seguinte maneira: “e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada” (Ap 6.4). O já velho apóstolo procura preparar os servos de Cristo da Ásia Menor para os males que surgiriam no tempo presente e vindouro, e quando ele diz sobre o cavalo vermelho, de maneira figurada, dizia que uma força chamada guerra tiraria a paz dos homens, levando muitos à morte. Certamente, essa força (guerra) destruiu muitas famílias, acabou com a felicidade de muitas mães, implodiu com o sonho de muitos jovens. Como não lembrar dos horrores da 1ª guerra mundial, ou da 2ª guerra, ou da guerra do Vietnã, do Golfo, Afeganistão, Iraque, que em nossos dias ainda tem ceifado a vida de tantos soldados e civis. E porque não, a guerra civil que assola o nosso país, principalmente no Rio de Janeiro, onde a cada dia que passa somos surpreendidos com notícias de mortes e mais mortes. Isso tem sido tão comum, que nem mais nos assustamos. Guerras e mais guerras, que já tiraram e tem nos tirado a paz. Mesmo sendo uma força terrível, destruidora, implacável, o apóstolo João enfatiza o primeiro cavalo (branco) que é a força chamada Jesus Cristo, “com uma coroa; e ele sai vencendo e para vencer(vs. 2). O Senhor Jesus Cristo, tem domínio sobre tudo e sobre todos. Ele é Senhor sobre a vida e sobre a morte, reina soberanamente, tem a guerra sob o Seu domínio. Os crentes da Ásia Menor e nós somos chamados a confiar plenamente neste Senhor, nesta Força, que nunca nos desampara, e que prometeu “estar conosco todos os dias de nossa vida” (Mt 28.20). Além desta confiança, a Palavra do Senhor nos ensina que devemos orar pela paz, como fazia Francisco de Assis, que orava assim: “fazei-me Senhor instrumento da sua paz”; e também “seguir a paz com todos...  sem a qual ninguém verá o Senhor”, como diz em Hebreus  12.14. Assim, amados irmãos, tenhamos confiança nAquele que morreu por nós, Cristo Jesus, e sejamos homens e mulheres comprometidos em buscar a paz uns com os outros. Que o Senhor nos ajude.  

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As Últimas Palavras de Deus à Humanidade

Um homem que não tinha temor algum de Deus, diante da morte gritou desesperado: “amigos creiam na eternidade”. O livro de Apocalipse sintetiza e faz a conclusão de todos os demais temas da Bíblia. Apocalipse nos revela o capítulo final da humanidade, traz o projeto final de Deus para a humanidade. E o texto de Apocalipse 22.6-21, é constituído de uma série de pequenos lembretes e advertências de Deus à humanidade. Neste texto vemos as últimas palavras de Deus à humanidade. Deus nos lembra que sua palavra é absolutamente digna de confiança (Ap 22.6). O que está narrado em Apocalipse é verdadeiro é fiel. Você deve perguntar: Por que o anjo faz questão de assegurar isso a João? A resposta é que Deus sabia que o diabo poderia causar uma crise de dúvidas no coração deste homem, assim como causou no coração de João Batista quando estava preso (Mt 11.2-11). O anjo dá a João uma contraprova, uma palavra de encorajamento, mostrando que tudo o que ele ouviu não era fruto de sua mente, nem resultado de alucinações, mas a revelação de Deus ao seu povo, verdadeira e confiável (Ap 1.1; 3.14; 19.9; 21.5). Mas essa afirmação pode ter sido feita por causa de nós, por causa da incredulidade do coração humano de crer no conteúdo deste livro. Assim, o anjo reafirma a João no v.7 “Bem aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Deus Reafirma que o Futuro está Próximo (Ap 22.7). Muitos negligenciam esta palavra de Deus, achando-a demorada. Desde a época apostólica até hoje, muita dúvida tem sido lançada a respeito da volta de Jesus (2Pe 3.4). Por isso, Deus conclui suas últimas palavras e advertências a humanidade, e faz questão de enfatizar “Bem aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Mas você deve estar se perguntando agora: Por que devemos esperar esta promessa. Se Jesus a fez há tanto tempo atrás e até hoje ela não se cumpriu? O que é importante lembrar, é que a Bíblia faz uma conexão entre tempo e eternidade que é de difícil compreensão da mente humana. O apóstolo Pedro em 2Pe 3.8-9, explica essa tenção entre o nosso tempo e o tempo de Deus dizendo: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. Não se esqueça “Deus lê o tempo e a história com as lentes da eternidade, enquanto nós temos a vida de forma cronológica”. Cristo está voltando e o propósito de Apocalipse, é providenciar motivação para uma vida de santidade (Ap 21.12-13). Portanto, não deixe o seu coração ficar endurecido em meio à descrença, mas arrependa-se e clame o perdão que Cristo dá. O tempo está próximo, por isso, Deus afirma que a sua Palavra deve ser anunciada (Ap 10.11; 22.10). Deus mostra que sua Palavra Provoca Santidade em Alguns e Rebeldia em Outros(Ap 22.11). Muitos ouvirão a Palavra de Deus, mas poucos sentirão necessidade de refletir a respeito do estado de tristeza de sua alma, e mudarão de atitude com relação a sua vida para com Deus, com relação às coisas espirituais. Aqueles que respondem ao chamado de Deus em arrependimento e fé são zombados pelas suas escolhas, porque os valores sociais e humanos privilegiam quem pratica injustiça. Mas, por amor a Deus, tais pessoas continuam a praticar a justiça. Não se vendem, não se deixam subornar, não negociam valores que são eternos (Ap 22.12). Em Hebreus 11.24-26, olhamos isso na vida de Moises. “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. Deus nos Lembra que ainda é Tempo de Salvação (Ap 22.14). Não existe outro caminho para o céu a não ser que a nossa vida seja purificada pelo sangue do cordeiro. Mas haverá uma hora que será tarde para arrependimento diz Isaías 55.6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”. O termo “vestes”, descrito em Apocalipse, refere-se ao nosso caráter. Palavra de Deus em Apocalipse é clara com respeito à necessidade de uma vida pura e santa (Ap 22.15). Por isso, o Evangelho é anunciado aqui como um convite para aqueles que têm sede, para aqueles que desejam serem lavados pelo sangue do cordeiro (Ap 22.17). O texto nos mostra de que forma Deus chama as pessoas à salvação: Em primeiro lugar, é o Espírito Santo que nos convida e convence a ir até Cristo. O Espírito Santo é o principal agente motivador para que nos voltemos a Deus. É Ele quem nos convence do pecado, e da justiça e do juízo de Deus (Zc 4.6 “Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos”). Em segundo lugar, a noiva convida você vir até Cristo. A noiva é uma referência clara à Igreja de Cristo. Ela é a boca de Deus para tornar a mensagem da salvação conhecida a todos os homens em todo lugar, sem acrescentar e sem tirar nada da sua Palavra (Ap 22.18-19). Como responder a estas últimas palavras de Deus a humanidade? Entregue sua vida a Cristo hoje., confesse  seus pecados a Ele, e receba o perdão que Cristo dá. Não se esqueça de levar  a sério a Palavra de Deus, nada além da Bíblia deve ser ouvido e vivido por você. Ela traz as palavras de salvação ao homem caído.

A Nova Criação

A Bìblia traz esperança, consolo e advertência. A palavra de ordem em todo a Bíblia não é de caos nem de desespero, mas uma ousada confiança em um Deus que tem todas as coisas debaixo do seu controle e faz todas as coisas conforme o seu querer. Em Apocalipse 21.1-8 fala da obra de Deus sendo refeita, recriada. O capítulo mostra o fim de toda miséria, injustiça, dor e luto. Ao falar do “novo”, João mostra a falência do “velho”, portanto, o apóstolo se refere à nova criação de Deus. Este texto é carregado de esperança na realização da nova criação de Deus, que chega através de um julgamento que cai sobre tudo: Natureza; Humanidade; História e Potências Mundiais. Você provavelmente deve estar se perguntando: O que posso esperar da Nova Criação? Em primeiro lugar, a nova criação representa o fim do Imperfeito (Ap 21.1). O “novo” vem porque o “velho” se tornou antiquado e envelhecido. A Bíblia mostra que o “velho” foi criado perfeito, mas o pecado transtornou todo o cosmos (Rm 8.20-21). Tudo o que enxergamos atualmente está adulterado do seu propósito inicial, por causa do pecado. Por esta razão, a natureza geme e sofre dores de parto, aguardando “novo céu e nova terra”. Em Gênesis 3, no relato da queda do homem, o homem passa a ter medo do seu Criador, perde o prazer de sua comunhão, torna-se marcado pela angústia, medo e fuga. Porém as implicações da queda foram muito além do campo espiritual, atingiu também a alma do homem, o seu mundo psicológico. O homem agora passa a viver uma existência em crise. Sentimentos como medo e fuga, passam agora a fazer parte do seu viver cotidiano. Essa imperfeição em seu ser, começa a manifestar-se nas relações com o próximo, o homem acusa a mulher de ser a responsável pela queda, transfere a sua culpa, nega sua responsabilidade. Apartir da queda, tudo o que vemos está manchado pela corrupção que o pecado trouxe a criação de Deus, tudo que existe está corrompido. Por isso, a nova criação vai restaurar o desejo original de Deus. E esse desejo por Deus é restaurado através de Cristo (2Pe 3.10-13). Em segundo lugar, a nova criação desvenda o fim dos mistérios (Ap 21.1). O mar muitas vezes é descrito como um símbolo de tribulação, revolta e mistério. Quantos segredos o mar oculto? Da mesma maneira olhamos o cosmos e nos surpreendemos com a quantidade de questões que enchem a nossa alma de ansiedade e medo. Por isso, a expressão o “mar já não existe” aqui em Apocalipse, mostra que os mistérios não existirão mais, tudo será desvendado. Será desvendado o problema do infinito; O mistério do porque da existência do mal; O dilema do sofrimento; O mistério da vida. Na nova criação, o mar já não existe. Céu é lugar de transparência, de absoluto conhecimento, tudo é transparente (Ap 4.6; 21.21). Em terceiro lugar, a nova criação estabelece uma comunhão sem barreiras com Deus (Ap 21.3). A Bíblia fala sobre duas realidades: Inferno e Céu. O Inferno é a absoluta ausência de Deus. Céu é a absoluta manifestação da presença de Deus. O inferno é assustador, porque nele Deus não está. No inferno, a angustia é mais intensa, as dores, e o pavor são sentidos sem consolo. É por isso que o inferno é descrito como “lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Já o Céu é lugar de plena comunhão e realização humana na presença do Criador. Em quarto lugar, a nova criação põe fim a dor e a angústia humana (Ap 21.4). A lágrima nos faz lembrar da angustia da perda, da solidão, do luto, do medo. A morte revela que somos transitórios neste mundo. Na nova criação, já não existirá medo, angustia nem morte, pois as primeiras coisas passaram, eis que se fizeram novas. Em quinto lugar, a nova criação é o ato final da criação divina (Ap 21.6). A expressão “tudo está feito”, mostra a consumação do propósito divino de todas as coisas. Jesus mostra isso na cruz quando Ele exclama “Está consumado” (Jo 19.30). Jesus estava dizendo que tudo estava consumado acerca da obra de redenção que foi efetuada na cruz. O v.6 mostra que o Deus da redenção é o mesmo da criação, assim, a nova criação tem profunda implicação na redenção da criação, porque a história da criação encerra-se com mais um ato criativo de Deus quando se dá a consumação, porque Deus cria até quando está concluindo (Rm 8.21). Podemos concluir que a expressão “estas palavras são fiéis e verdadeiras” mostra que a nova criação não é uma história para crianças dormir, mas Palavra de Deus para toda humanidade, pois somente quem tiver lavado suas vestiduras no sangue do cordeiro, desfrutara do paraíso celestial que Cristo dá a todo que nele crê.

Revelando a Natureza de Deus


Uma pergunta é constantemente feita pelas pessoas: Quem está por detrás do livro de Apocalipse? A resposta é que o livro de Apocalipse revela de inicio a identidade do Pai e do Filho. O Pai é descrito como aquele que transcende os limites de nossa temporalidade “ele é aquele que é que era, e que há de vir” (Jr 29.11). Ou seja, Deus é Eterno (Ap 1.8). Vivemos angustiados porque desconfiamos do caráter santo de Deus e de suas motivações a nosso respeito. Outro fator de profunda angustia é a nossa incredulidade que não considera a existência de um Deus soberano e amoroso. Quando a Bíblia fala que Deus é o “Alfa” e o “Omega”, ela mostra que Ele é o ponto de partida do cosmos, assim como o ponto final de todas as coisas. Deus se revela como um Deus Triuno (Ap 1.4,8; 3.1; 4.5; 5.6). A mensagem de Apocalipse é dada pela Trindade (Gn 1.26). A Trindade mostra que nem Deus, que é auto-suficiente, opta por viver de forma autônoma, mas pelo contrário, em comunidade. A mensagem de Apocalipse descreve Deus como o Todo-poderoso, ou seja, seu poder não é determinado por nenhuma força externa, pois nele existe todo o poder (Ap 4.8; 11.17; 15.3; 16.7,14; 19.6,15; 21.22). Deus é o Senhor de todas as batalhas. Apocalipse revela Deus como o Princípio, o Meio, e o Fim da História (Ap 21.6). Ele é o “Alfa e o Ômega” (Ap 1.8). Não estamos entregues à um destino impiedoso, mas nas mãos de um Deus sábio e gracioso. O livro de Apocalipse descreve Jesus como a Fiel Testemunha (Ap 1.5). Isso porque Jesus é aquele que anunciou as boas novas de salvação (Fp 2.7-8). Jesus veio para testificar as obras de Deus, para revelar o Pai e torná-lo conhecido entre os homens (Jo 1.18; 5.30,37; 8.28,38; 10.36). Ele é o Cordeiro de Deus, designado à morte (Ap 13.8). Jesus é também o Primogênito dos Mortos (Ap 1.5; Cl 1.18; 1Co 15.20). Isso mostra que Jesus veio exercer vitória sobre a morte, trouxe novas perspectivas à eternidade humana (Hb 2.14-15). Apocalipse mostra também Jesus como o Soberano dos reis da Terra (Ap 1.5-8). Todas as figuras relacionadas a Jesus neste capítulo reivindicam honra, glória, dignidade, soberania e majestade (Ap 19.15-16; Hb 2.8). Jesus é descrito como aquele que tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18; 1Pe 3.19). Jesus também é descrito como nosso Libertador (Ap 1.5). Jesus nos substituiu na cruz, morrendo pelos nossos pecados (1Co 15.3; 1Pe 3.18; Hb 9.28). A purificação de nossos pecados se dá pela obra de Cristo na cruz (Ap 7.14). Jesus nos liberta de nossa vergonha, pecado e culpa. Entender a obra de Cristo na cruz, é um dos caminhos mais libertadores para a alma humana (Ap 7.13-14). Apocalipse mostra que Jesus criou um povo especial para glorificar o nome de Deus (Ap 1.6; 20.6; 1Pe 2.9). Podemos então concluir, que a maior revelação que podemos ter na vida não esta relacionada a eventos escatológicos em si mesmos, antes, a maior revelação que podemos ter é aquela que leva a entender quem Jesus é, o que ele veio fazer entre nós e sua obra substitutiva, expiatória e sacrificial por nós (1Tm 1.15).


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Descansando em Deus em meio as Tempestades

As tempestades de problemas vez ou outra aparecem em nossa vida para entendermos que há muita diferença entre atravessar uma tempestade dentro da vontade de Deus, e atravessar descansando na vontade de Deus. O texto de Atos 27.20-26 mostra isso claramente, porque mostra um homem que descansava na vontade de Deus, porque tinha conhecimento, intimidade com esse Deus. Paulo descansava em meio às tempestades da vida, porque sabia para onde ia, ele vivia a vontade de Deus. Ele sabia que ir para Roma era vontade de Deus. Paulo sábia que o fato de estar preso era vontade de Deus, estava nos planos eternos de Deus. O Senhor Jesus quer que eu e você façamos a vontade dele, mesmo abandonados, mesmo doentes, mesmo perseguidos, mesmo incompreendidos, mesmo presos. Porém, quantos hoje estão fugindo de Deus, fugindo dos compromissos, fugindo do chamado de Deus para sua vida. Paulo sabia que a sua prisão fazia parte do plano de Deus. Na prisão ele animou crentes desanimados, influenciou pessoas, orou, aconselhou, advertiu, encorajou, foi usado por Deus. Ele se entregou à vontade de Deus, se entregou ao chamado de Deus. É interessante que em meio à tempestade, Paulo não reclama, não murmura, mas ora por todos. Fala do povo para Deus, e de Deus para o povo. Ele sabe que tem que buscar forças em Deus. Ele vê o vento, a tempestade e sabe que vai chegar. Paulo não diz “a tempestade está amarrada”. Ele vê a soberania de Deus nos eventos da natureza. Precisamos assim como Paulo, exercitar a nossa fé em Cristo em meio às tempestades da vida da seguinte maneira. Precisamos ser realistas com a vida (At 17.9-11, 33-34). Seja realista, nada acontece a nós, se não for propósito de Deus (Rm 8.28). Além de realista, seja positivo em suas atitudes (At 27.21,22). Não fique a criticar e reclamar, mas busque em Deus solução, em meio aos problemas diga “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Mude também o seu senso de valor (At 27.22b). Muitas vezes, damos mais valor a coisas do que as pessoas. Mais valor ao carro do que a família. Mais tempo para o trabalho do que para os filhos. Além disso, não se esqueça de acreditar no agir de Deus em meio às tempestades da vida (At 27.23-26). Saiba que existe um Deus que se relaciona conosco, que intervém na nossa vida sempre, esse Deus comando tudo. Por isso, acredite no seu chamado (At 28.8,9), no chamado para ser um mensageiro das boas novas de salvação. Portanto, em meio às tempestades da vida, não fique a reclamar e achar que você é um coitadinho, mas pelo contrário, saiba que em Jesus nós somos mais que vencedores. Então visite os enfermos e ore por eles. Fale de Jesus com autoridade para seu vizinho, colega de trabalho, colega de escola ou faculdade, ministre a Palavra de Deus para sua família, e veja o mover do Senhor Jesus Cristo na sua vida, e na vida das pessoas a sua volta.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Situações que Nos Levam a Negar a Cristo

A história de Policarpo me fascina, ele era bispo da Igreja de Esmirna, aquela de Apocalipse 2.8-11, ele foi discípulo de João. Fiel até a morte, esse venerável líder foi queimado na fogueira no ano de 155 A.D. Foi – lhe ordenado dizer: “César é Senhor”, mas ele se recusou. Levando ao estádio, o procônsul instou com ele: “Nega a Cristo; nega-o e eu o porei em liberdade”. A isso Policarpo respondeu: “Por 86 anos eu o tenho servido e Ele jamais me causou qualquer mal: como, pois, eu poderia blasfemar contra meu Rei e meu Salvador?” Quando o procônsul novamente o pressionou, o velho homem respondeu: "Visto que em vão instas que eu o negue, juro pela prosperidade de César e ignore não conhecer quem sou e o que sou, declaro aqui com ousadia, que sou Cristão!” Pouco depois o procônsul disse: “Tenho feras selvagens à minha disposição; e eu o lançarei às feras caso não te arrependas. Eu o farei ser consumido pelo fogo uma vez que desprezas as feras, se não te arrependeres”. Mas Policarpo disse: “Ameaças-me com o fogo que pode durar por uma hora e, então, se apaga, mas ignoras o fogo do julgamento vindouro e a punição eterna reservada para os ímpios. Por que demoras? Faça sua vontade”. Logo depois Policarpo foi queimado na fogueira. Você já negou a Jesus? Muitos pensam que negar a Jesus é o fato de quando somos perguntados se acreditamos em Jesus Cristo, a nossa resposta ser “não”, daí estaremos negando a Cristo. Mas é muito mais que isso, no dicionário Aurélio encontramos entre outros significados o de não reconhecer, ou seja não reconhecer Jesus como o seu Senhor e Salvador. No Evangelho de Lucas 22.54-62 mostra os sacerdotes e os escribas, planejando como iriam tirar a vida de Jesus. Do versículo 3 ao 6, Lucas mostra Judas traindo a Jesus por trinta moedas de prata (Mt. 26.15). No versículo 34 Pedro é avisado por Jesus, que ele o negaria três vezes. Do versículo 39 ao 46 Lucas mostra Jesus no Getsêmani, em profunda agonia, Pedro se encontrava ali (Mt. 26.37). Neste mesmo local ocorre à prisão de Jesus, versículo 47 a 53, João 18.10 mostra Pedro sacando da espada e ferindo um dos saldados, e depois fugindo (Mt. 26.56), deixando Jesus sozinho. Pedro novamente aparece nos versículos 54 a 62, essa passagem mostra Pedro enfrentando uma situação dificílima em sua vida, negar a Cristo e optar pela sua vida ou confirmar sua fé e morrer juntamente com Cristo. Ele optou por negar Jesus por três vezes. No lugar de Pedro o que você faria? Pense e seja sincero Deus conhece os seus pensamentos e o seu coração. É diante do exemplo negativo de Pedro, que eu gostaria de falar com os amados, sobre as Situações que Nos Levam a Negar a Cristo. A primeira situação ocorreu quando Pedro assentou na roda dos escarnecedores. (vs. 55). O Salmo 1 diz: “Bem aventurado o homem que não se detém no caminho dos pecadores nem se assenta na roda dos Escarnecedores”. A palavra “Escarnecedor significa uma pessoa que vive a zombar de outra pessoa, uma pessoa que não tem reverencia, respeito, muito menos temor a Deus”. Parece que Pedro não deu atenção a isso. Os guardas, os criados do sumo sacerdote e as pessoas que se encontravam no pátio da casa do sumo sacerdote estavam a zombar de Cristo. Junto dessas pessoas se encontrava Pedro, sentado junto a eles, compartilhando do mesmo fogo que os aquecia do frio que tomava conta das noites em Jerusalém. Pedro literalmente estava compartilhando da roda dos escarnecedores, e isso foi um fator importantíssimo para ele negar a Cristo. Sendo assim ele se colocou no meio dos zombadores (v.55), quando Pedro se colocou no meio deles, ele se expôs a tentação de negar a Cristo. Pedro quando perguntado sobre ser um dos discípulos de Jesus, começou praguejar a Cristo (Mc. 14.71). Isso acontece porque quando andamos com pessoas que não temem a Deus, nos momentos de incertezas de nosso coração, somos tentados a sermos levados pelas influencias do meio ao qual estamos, e essa influência caracteriza as nossas manifestações tanto internas como externas, e foi isso que aconteceu com Pedro, e assim ele não reconheceu a Jesus como seu Senhor. Tudo isso aconteceu porque Pedro começou a seguir Jesus de longe (vs. 54), talvez ele estivesse com medo de alguém o reconhecer como um discípulo de Jesus. Eu não sei como está a sua vida, mas, talvez você esteja como Pedro, seguindo Jesus de longe, levando uma vida que não agrada ao Senhor, talvez você esteja deixando as coisas de Deus para depois, não ligando muito para a Palavra de Deus, não querendo ser intimo do Senhor, não querendo ser reconhecido como crente, talvez porque isso pode pegar mal no local onde você trabalha, o seu chefe pode não gostar, ou quem sabe os seus amigos podem começar a zombar de você, é, ser ridicularizado por causa de Cristo não vale a pena. É talvez isso deva estar acontecendo com você hoje. Seguir Jesus de longe é separar-se de Cristo e ajuntar-se aos ímpios. Desde que Pedro começou a seguir a Jesus de longe, ele não tinha mais forças nem razão para evitar a companhia dos perversos inimigos de Jesus. Quando buscamos a companhia dos ímpios, nós somos tentados a não reconheceremos mais a Jesus como nosso Senhor. E foi isso que aconteceu com Pedro. O fato é que isso tudo aconteceu porque Pedro não deu ouvido ao alerta de Jesus sobre a oração. Pedro negligenciou a oração, diante do aviso de Jesus sobre o dever de orar para se livrar da tentação, o apóstolo se deixou levar pelo cansaço da carne (vs. 45-46). Mais uma vez o Senhor Jesus estava advertindo a Pedro, sobre os momentos de provações que o apóstolo iria passar, mas Pedro não deu ouvidos à palavra do Senhor. Note o vs. 45 mostra Jesus encontrando os discípulos dormindo de tristeza, essa tristeza o grego define não como magoa ou dor, mas uma tristeza emocional, que pode ser traduzida como cansaço. Talvez porque estivessem a um longo tempo esperando Jesus voltar de sua oração, pois já era tarde, mais ou menos meia-noite ou mais. Quantos de nós não deixamos de orar porque estamos cansados do dia de trabalho, estudos, preocupações ou por puro relaxo. Quando paramos de orar estamos propícios a negar a Cristo, pois começamos a viver a vida dos ímpios, e esquecemos de viver para Cristo. Isso acontece porque começamos a não dar crédito à Palavra do Senhor. A segundo situação, ocorreu quando Pedro não deu crédito à Palavra do Senhor. (v.61). Pedro quando alertado por Jesus sobre a sua fé, disse “Senhor estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte”, ele estava demonstrando naquele momento a sua autoconfiança, mas essa autoconfiança não era na palavra de Jesus, mas nele próprio, Pedro, ele não reconhecia a sua extrema fraqueza espiritual. O seu orgulho falava mais alto, o grande pescador não queria aceitar a sua pequenez, e ver que é o Senhor ao qual está a sua frente que capacita os descapacitados. Pedro não deu ouvidos ao aviso do Senhor Jesus sobre Satanás, não quis ver que o Maligno é um inimigo furioso, ele não deu crédito à Palavra do Senhor Jesus, Pedro não deu atenção à placa de sinalização levantada por Jesus. Mas o Senhor Jesus no vs. 33, diz “Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces...”, Jesus está lembrando a Pedro, que a força semelhante à rocha não é encontrada na confiança própria, mas no Senhor. Isso me faz pensar, quantas vezes tentamos resolver nossos problemas confiando em nós mesmos, e menosprezando à Palavra de Deus. Pedro também foi assim, só que no momento pior de sua vida ele correu de medo (Mt 26.56), ele não confiou em suas forças, porque certamente viu que ele não era nada sem o Senhor. Um sinal que nós mostra quando estamos confiando em nós mesmos e não no Senhor Jesus, é quando paramos de orar e começamos a dar mais crédito a palavra dos homens, do que a de Deus. E assim somos tentados a ceder as pressões que o mundo exerce sobre nós. Quando Pedro se encontrava no meio daqueles que zombavam de Jesus, algo impactante aconteceu, Jesus olhou para o aglomerado de pessoas onde Pedro se encontrava, esse olhar foi como uma flecha ao encontro do coração de Pedro. O v.61 mostra esse olhar fuzilante de Jesus, direcionado a uma única pessoa, é a Pedro. Foi um Olhar de Reprovação. Pensemos com que aspecto de repreensão Cristo olhou para Pedro. Foi um Olhar de Lembrança. Jesus estava dizendo: “lembra das minhas palavras, do meu alerta? Você não deu crédito, achou que ela não era verdadeira. E agora você crê?”. Foi um Olhar de Admoestação. Era Jesus dizendo: “você que bateu no peito e disse que estava disposto a confessar-me como Filho de Deus, e prometeu-me de modo solene jamais me negar, o que fazes agora?”. Foi um Olhar de Compaixão. Jesus mostrando que se Ele não ajudar o homem caído pelo pecado a levantar do seu estado, esse homem jamais consegue por sua própria força levantar. Foi um Olhar Significativo. Significava a passagem da graça ao coração de Pedro, para capacitá-lo ao arrependimento. O olhar de Cristo fez com que Pedro tivesse consciência do seu estado ao qual se encontrava. Não foi o olhar de Cristo que restaurou a Pedro, mas sua graça maravilhosa, que estava contida nesse olhar, o capacitou a arrepender-se e chorar amargamente a sua falta de fidelidade para com o Senhor Jesus. Estas situações mostram um caminho pelo qual não devemos andar. Diante disso faça um compromisso sério hoje com Jesus, segui-lo de uma vez por todas. Chega de orgulho, incredulidade, esqueça o que o mundo vai pensar de você, e entregue o seu caminho a Jesus. Deus nos concede oportunidade de nós começarmos de novo, as oportunidades em Deus são ilimitadas, sempre a possibilidades de um recomeço. Pedro olhou para o seu fracasso, e viu nele uma oportunidade para um recomeço, ele aprendeu com o seu erro, ele viu que ainda existe esperança para o homem, essa esperança é Jesus. A vida com Deus é simples e de total dependência dele. Pedro era um homem, vaidoso, arrogante, orgulhoso. Mas quando teve um encontro verdadeiro com Cristo e passou pela lição de humildade, ele entendeu, que ele não era nada, Cristo sim, é que era tudo. Pare de viver longe de Deus, olhe para a Cruz de Cristo, e veja que viver com Cristo é viver na sua dependência. Sem oração não há comunhão com Deus. Enfrentamos as maiores dificuldades na vida quando abandonamos a nossa vida devocional. Aquele que não ora, não tarda â um dia, negar a Jesus. Não viva a achar que não precisa orar porque Deus já sabe, se Deus não quisesse que você orasse, Jesus não tinha alertado a Pedro a orar para não cair em tentação. O crente tem que aprender que viver para Cristo é viver de joelhos, buscando sempre a vontade de Cristo, agradecendo a Ele por todas as suas maravilhas. Não fique sem orar, dobresse diante do Senhor e aprenda a viver na sua dependência. Não ceder as pressões do mundo. Muitos crentes cedem as pressões do mundo, e para serem aceitos em suas rodas de relacionamento, abrem mão de Jesus. Trocam o amor de Jesus por uma mesa cheia de cerveja, por uma noite de amor em um desses motéis da vida, etc. Outros são levados pelas suas vaidades, que se encontram extremamente ligadas com as do mundo, mas quando buscamos ser guiados pela humildade de Cristo, somos levados a vencer as pressões do mundo. Pare de achar que você é vitima, pare de olhar para os lados. Olhe para você, reconheça o seu estado, olhe para frente, olhe para Cristo. Somente em Jesus podemos vencer, Ele não te desampara jamais, creia nisso e seja feliz com Jesus.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Humildade do Amor

Vivemos em uma época, onde as pessoas estão muito egoístas. Muitos consideram o orgulho como uma virtude a ser praticada. O orgulho pode ser definido como o elevado conceito que alguém faz de si próprio, ou seja, vaidade. E a vaidade se característica no desejo exagerado de atrair admiração das pessoas a nossa volta.
Assim, no mundo atual em que vivemos as pessoas vêem o orgulho como algo bom, porque mostra que a pessoa é forte, e olham para a humildade como uma fraqueza. Ser uma pessoa humilde hoje significa ser fraco.
O que as pessoas esquecem, é que ninguém pode sobreviver ao orgulho desenfreado, porque todos nós dependemos de relacionamentos. É por isso, que a amizade, o casamento e a família tem padecido. Quando só pensamos em nós a unidade é quebrada, e ai não existe comunhão.
Quando não sabemos o que significa comunhão, não sabemos o que significa amar a Deus sobe todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Porém, as Escrituras Sagradas mostram a nós, que o egoísmo, o orgulho próprio não tem lugar na vida cristã.
Jesus ensina com veemência, que o orgulho próprio é um câncer da alma que necessita ser eliminado do nosso ser. Podemos ver isso, de uma forma bem clara no capítulo 13 do Evangelho de João.
Assim, nesse dia, eu gostaria de junto com os amados olhar para este texto das Escrituras Sagradas, e juntos aprendermos a respeito da Humildade do Amor.
O capítulo 13 do Evangelho de João marca um momento decisivo no ministério de Jesus. Isso porque o ministério público de Jesus junto ao povo de Israel e principalmente os discípulos, tinha terminado.
No primeiro dia da semana, Jesus tinha entrado em Jerusalém ovacionado pelo povo, só que estes que o aclamavam, não tinham ainda entendido o seu ministério e sua mensagem.
Isso fica bem claro, quando olhamos para as Escrituras, e vemos que na época da Páscoa, quando os Judeus comemoravam a libertação de Israel sobre o domínio egípcio, o Senhor Jesus foi rejeitado e executado, isso porque o povo não tinha entendido a mensagem de salvação de Cristo (Jo 1.11).
Mas, Deus, transformaria essa execução no grande e final sacrifício pelo pecado, e Jesus morreria como o verdadeiro Cordeiro Pascal. Mas Jesus não está preocupado com sua morte, antes, ele quer mostrar aos seus discípulos a Humildade do Amor.
Não nos enganemos, somente a absoluta humildade pode gerar o amor absoluto. Porque é a humildade do amor que o prova e o faz visível.
Devemos entender que a humildade do amor leva-nos a amar em ações e em verdade. Isso fica bem claro no versículo 2, quando notamos, que no coração de Judas não existia um amor real por Cristo, pelo contrário, Judas tinha era amor por si próprio, ele não queria o bem de Jesus, ele queria era o seu bem, e Jesus sabia disso, ele sabia o que estava no coração de Judas, ele sabe o que está em meu coração, em seu coração agora.
É interessante notáramos também, que todas as vezes que as pessoas agiam com desprezo para com Jesus, ele reagia com amor. Prova disso, é que veremos Jesus ajoelhado aos pés de Judas, lavando seus pés (Jo 13.4-5). Amados o que aprendemos com Jesus, é que o orgulho não tem capacidade para amar. O amor tem que ser mais do que palavras. O amor real é expresso em ações e não em palavras somente (1Jo 3.18).
A humildade do amor leva-nos a entender a Graça de Deus derramada sobre nós. Jesus Cristo mostra isso quando ele usa a expressão “se eu não te lavar, não tens parte comigo”, é que ele veio para nos salvar, e não o contrário, ele morreu para ele e viveu para nós. Ou seja, ele não olhou para sua glória, mas para a glória do Pai, e a glória do Pai seria manifestada em nossa salvação (Tt 3.4-7).
A humildade do amor Cristo, é evidenciada em nossa vida todos os dias, mesmo quando pecamos, e nos sujamos com a poeira desse mundo, Ele concede perdão através da sua graça (1Jo 1.9).
Notamos também que nem todos entendem a respeito dessa graça olhe a expressão no versículo 11 “nem todos estais limpos”. Existem pessoas que estão na igreja, que estão aqui hoje, que têm andado por muito tempo com Cristo, porém não entregaram sua vida a Cristo, e continua sem saber como é a alegria de ser um alvo da maravilhosa graça de Cristo.
E isso tem acontecido porque o seu coração continua orgulhoso, e não quer se ajoelhar diante do Salvador através da humildade do amor.
A humildade do amor leva-nos a servir o nosso próximo. Em João 13.12-17, Jesus chama a atenção dos seus discípulos, para que eles demonstrem a humildade do amor. Assim, Jesus demonstra que servir é amar. E ele próprio mostra isso, o Senhor da Glória, assumindo a forma de um servo, de um escravo dos seus servos, e começa a lavar os pés empoeirados dos seus discípulos pecadores.
Esse exemplo de Jesus valeu mais que mil palavras, foi algo que os discípulos jamais esqueceram. O que Jesus está mostrando para seus discípulos e para nós no versículo 15, não é que você tenha que lavar os pés das pessoas, mas que eu e você devemos praticar a humildade de Cristo. Essa humildade que Jesus ensina, é uma humildade prática que governa cada área de nossa vida, cada dia da nossa vida, cada experiência da nossa vida.
O resultado da prática da humildade do amor é sempre um serviço de amor, realizando as tarefas menores e humilhantes aos nossos olhos, não para a glória, não para o nosso orgulho, mas para a glória de Deus em Cristo (Jo 13.16-17).
Quanto mais você se aproxima de Deus, mais você tem que buscar o bem do seu próximo. E você quer ser abençoado com satisfação e felicidade? Então, comece hoje a desenvolver um coração de servo. Desça do seu orgulho. E não se esqueça, aprenda a estar pronto a sofrer qualquer indignidade para servir a Cristo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Buscando a Palavra de Deus.

Em Tiago 1.19-2.13 a Palavra de Deus exorta-nos a respeito do perigo da pessoa se enganar acerca da sua própria espiritualidade. A espiritualidade que agrada a Deus é aquela que fala pouco e houve mais. Tiago está mostrando que todo cristão tem que estar pronto para ouvir e ser prudente no falar, pois isso é uma marca da verdadeira espiritualidade. Que agrada a Deus. A Bíblia fala do perigo de falar muito (Mt 12.36-37, Pv 10.19, 15.1, 17.27-28). Palavras em excesso geralmente vêm acompanhadas de um espírito irado e raivoso (Tg 1.20, Gl 5.20 e Ef 4.27). Tiago mostra que se uma pessoa não consegue controlar a língua a sua religião não tem valor (Tg 1.26). Portanto, Tiago mostra aos seus leitores que o segredo da verdadeira espiritualidade consiste em aprender a ouvir e praticar a Palavra de Deus (Tg 1.26). Assim Tiago mostra quatro lições importantíssimas a respeito da Palavra de Deus, para aqueles que pretendem ter uma espiritualidade que agrada a Deus. Em Primeiro Lugar a Palavra de Deus Gera Vida. O segredo está no ouvir, e, no praticar (Tg 1.18, 21-22). É preciso meditar na Palavra de Deus dia e noite fortalecidos em todo o tempo (Sl 1.2-3 e Jr 17.8). Em Segundo Lugar a Palavra de Deus Produz Santificação. A Palavra de Deus é purificadora (Jo 15.3; Ef 5.26 e Tt 3.5). Jesus falou que ouvir e praticar a Palavra de Deus dá estabilidade nas provações e tentações (Mt 7.24-25). Somente aqueles que estão firmados na Palavra é que resistem ao dia mal. Em Terceiro Lugar a Palavra de Deus é Reveladora. A Palavra de Deus é o espelho de Deus que revela nossas imperfeições (Tg 1.23-24). Jesus falou que ouvir e praticar a Palavra de Deus dá estabilidade nas provações e tentações (Mt 7.24-25). Somente aqueles que estão firmados na Palavra é que resistem ao dia mal. Em Quarto Lugar a Palavra de Deus é Fonte de Felicidade. A Palavra de Deus é lei perfeita e lei da liberdade (Tg 1.25). Tiago faz uma comparação da pessoa que ouve e pratica a Palavra de Deus, e aquele que ouve e não pratica. O que ouve e pratica, considera tudo atentamente e persevera na pratica. O que ouve e não pratica, ouve e se esquece do que ouviu. Quando ouvimos e praticamos a Palavra de Deus, estamos obedecendo, o obedecer a Palavra de Deus gera em nós restauração espiritual (Sl 19.7, 119.45, Jo 8.31-32). Podemos concluir da seguinte maneira: Ser religioso para Tiago trata-se de uma atitude espiritual de amor a Deus e obediência à sua Palavra. Pois para Tiago religião é o culto da vida diária do cristão, é o oferecimento do corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1-2). Assim Tiago traz três aplicações: Primeiro o sacrifício da língua: A língua ou a maneira de falar revela como está o coração da pessoa (Mt 12.34-35 e Tg 3.1). Precisamos consagrar o nosso coração e a nossa língua (Sl 141.3-4); Segundo sacrifício a prática do bem: Palavras e discursos não substituem o nosso serviço (Hb 13.1). Precisamos demonstrar uma religião na pratica, amando e visitando os necessitados (Mt 36 e 43); Terceiro o sacrifício santificação pessoal: Guardar-se de ser corrompido pelo sistema de valores da sociedade sem Deus: Cada Cristão é responsável pela sua santificação (2Pe 3.14, Rm 14.12). A sociedade sem Deus é uma poderosa fonte de perdição: A sociedade sem Deus tenta corromper o cristão através das Amizades (Tg 4.4), do Amor pelo mundo (1Jo 2.15-17) e da Conformação pelo mundo (Rm 12.1-2). Não se esqueça só através da pureza e de nossa santificação, é que vamos impactar o mundo com a Palavra de Deus (Mc 5.13).

Somos Arautos de Deus

Como ministros do Senhor nós pastores temos como obrigação buscarmos trazer para a Igreja o correto significado da Palavra de Deus, e não aquilo que achamos ser o correto. Quando se fala de conhecer o verdadeiro significado da Palavra de Deus, não estamos abrindo mão da dependência de Deus, através da oração, pelo contrário, uma vida séria de oração, leva-nos a um estudo sério da Palavra de Deus. Já um estudo relaxado da Palavra de Deus leva o leitor da Bíblia, a querer achar coisas ocultas na Bíblia, tendo assim um estudo supersticioso da Palavra de Deus, e se esquece que a Bíblia é a pura revelação de Deus ao homem, a chamada “Revelação Especial”. O estudo sério da Palavra de Deus, é fundamental para uma saudável compreensão da Palavra de Deus. Um estudo relaxado da Palavra de Deus leva o leitor da Bíblia a inventar significados que não estão na Bíblia, deixando de lado o verdadeiro significado da Palavra de Deus, essa ação maléfica chama-se alegoria. O que muitas vezes acontece é que a alegoria, ou a errada compreensão do real significado da Palavra de Deus, leva algumas pessoas a desenvolverem doutrinas em passagens bíblicas, onde não existe, levando-a ao descrédito. Para que a Bíblia não entre em descrédito, temos alguns princípios que deverão nortear o estudante sério da Palavra e Deus. Um dos princípios é não esquecer que a Bíblia é a revelação de Deus, e tem um significado. Que todas as passagens bíblicas são compostas de texto e seu contexto, seja anterior ou posterior. Por isso é importante que o leitor da Bíblia tenha um conhecimento de todo o livro que está lendo, lembrando que a Bíblia é uma coletânea de sessenta e seis livros que forma um único livro. Esse livro foi transmitido, através de uma literatura específica, onde existe um sentido gramatical do texto. Esse sentido gramatical vem acompanhado de um contexto histórico. Esse contexto histórico mostra quem escreveu o texto. Para quem escreveu. Quando escreveu. E por que escreveu. Assim, para se ter um estudo sério da Palavra de Deus, é importante fazermos perguntas para o texto bíblico e entendermos a linha histórica onde o texto bíblico está inserido. Quando estudamos seriamente a Palavra de Deus, aprendemos que, se existe uma passagem bíblica de difícil compreensão, sempre teremos uma de fácil compreensão, que explicara a de difícil compreensão. Por isso, é vital compararmos a Escritura com a Escritura, porque a Escritura de Gênesis a Apocalipse apontam para o Salvador que é Cristo, seja diretamente ou indiretamente. O grande tema da Bíblia é Cristo, assim, toda pregação, todo estudo, toda leitura tem que ser Cristocêntrica, porque o estudo sério da Palavra de Deus leva-nos a Cristo. Assim, temos alguns princípios importantes para sermos leitores fiéis das Sagradas Escrituras: Ler a Bíblia por completa, capa a capa; memorizando versículos e passagens; Ler bons livros cristãos; Desenvolver uma vida de comunhão com o Espírito Santo, pois é Ele que ilumina nossas mentes para entendermos a Palavra de Deus.
Não se esqueça que você como crente em Cristo, é um arauto de Deus, você foi chamado para transmitir as boas novas de salvação em Cristo, por isso, nos esforcemos no estudo da Palavra de Deus.

Você sabe o que Significa ser um Cristão?

Você sabia que à Bíblia diz que você deve nascer de novo para ir ao céu (Jo 3). Além disso, à Bíblia também diz que sem santidade você nunca verá Deus (Hb 12.14). Você sabe o que significa ser um Cristão? Existem algumas pessoas que imaginam ser cristãs quando não são, e outras pensam que não são cristãs quando realmente são. Cristianismo é muito mais do que um nome. A Bíblia fala sobre algumas pessoas que reivindicaram ser cristãs, mas não nutriam uma vida cristã verdadeira. Lamentavelmente, existem muitas pessoas que professam ser seguidoras do Senhor Jesus Cristo, mas demonstram através do modo que vive nunca terem conhecido a Cristo. Eles podem alegar conhecer a Deus, mas suas vidas negam isto. De fato, o Senhor Jesus advertiu que é possível igualmente pregar e realizar milagres em seu nome sem vida cristã real (Tt 1.16; Mt 7.22,23). Afinal de contas, como podem as pessoas dizerem que Deus as salvou dos seus pecados quando elas não os abandonaram? Algumas pessoas entendem que o fato de já serem batizadas a tornam um cristão. Essa idéia é muito comum. Muitas pessoas pensam que porque passam por uma forma de batismo são filhas de Deus e seguramente vão para o céu. Mas se o batismo realmente fez de você um cristão e você mereceu o favor de Deus, tudo o de que você precisaria para ir para o céu seria um certificado de batismo. Milhões de pessoas são batizadas, mas o Senhor Jesus Cristo disse "estreita é a porta e difícil o caminho que conduz à vida, e existem poucos os que a encontram" (Mt 7.13,14). Ele também fala de buscar, bater e se esforçar para entrar no céu (Mt 11.12; Lc 13.24). Tudo isto seria completamente desnecessário se o batismo fosse tudo o de que precisamos. Batismo é um sinal do que Deus faz por nós. Em si mesmo não é nada. Batismo é bom, mas não é nenhum substituto da completa e poderosa mudança que Jesus chamou "nascida de novo" (Jo 3.7). A Bíblia mostra que os judeus escribas e fariseus eram extremamente interessados em um modo de vida puro. Porém o Senhor Jesus Cristo declarou "A menos que a justiça de vocês exceda a justiça dos escribas e fariseus, de jeito nenhum vocês entrarão no Reino dos céus." (Mt 5.20). Você não tem de ser um cristão para viver uma vida pura. Bem antes de tornar-se um cristão, o apóstolo Paulo pôde alegar que era irrepreensível no seu estilo de vida (Fp 3.6). Mas isto não era suficiente. Vida honesta nunca salvou ninguém, pois o que pode salvar é Cristo somente (At 4.11-12). Amado não se engane, à Bíblia mostra que ser religioso não é suficiente para salvação, porque é possível ter uma forma de religião sem ter tido um encontro real com Cristo, uma experiência viva com o Criador (2Tm 3.5). Você pode fazer longas orações, ouvir vários sermões, jejuar, e fazer outras coisas para servir a Deus, mas sem um encontro real com Cristo, isso nada vale, é necessário ter uma vida cristã real em Cristo (Mt 23.14; Lc 18.12; Mc 6.20; Is 1.11). Conversão a Cristo, envolve muito mais do que ir à igreja, ser generoso com seu dinheiro e fazer suas orações. Você pode fazer todas estas coisas, e ainda assim não pertencer a Deus, como era o caso do jovem rico (Mt 19.16-22). Além disso, à Bíblia ensina também, que é possível ter uma mente culta com respeito às coisas de Deus, e ainda assim mesmo não querer tornar-se um cristão (Mc 6.20; At 24.25; Hb 6.4). Existe uma clara diferença entre convicção e conversão. Algumas pessoas imaginam que são cristãs simplesmente porque elas pararam de cometer um pecado particular, desistido de um vício ou distanciado a si mesmos de certas influências do mal. O grande problema, é que enquanto a consciência está perturbada, muitos orarão, lerão a Bíblia, ouvirão pregações e desistirão de alguns de seus prazeres pecaminosos, mas tão logo elas não sintam mais nenhuma convicção, irão diretamente voltar para seus pecados. Nunca houve um grupo de pessoas mais religioso do que os judeus quando a mão de Deus estava contra eles, porém quando seu período de sofrimento terminou, eles invariavelmente se esqueceram de Deus novamente (Ne 8). Você pode ter mudado o seu modo de vida e ainda assim ser exatamente a mesma pessoa no coração. Sabe por quê? Porque você não teve ainda uma experiência de entrega total a Cristo. Você ainda não percebeu que nada está bem entre você e Deus, e que você necessita entregar a sua vida urgentemente a Cristo. Por isso, é melhor você perceber a situação em que você está agora, e largar suas falsas esperanças e entregar-se a Cristo (Is 55.6-11). Não se esqueça que existem muitas coisas que são boas em si mesmas, mas não fazem de você um cristão, e não salvarão você. Faça o que a Palavra de Deus nos diz em Lamentações 4.39-42, examine-se a si mesmo e volte-se para o Senhor com todo o seu coração, porque se Deus não o transformar, você estará perdido. Você deve pedir a Deus, que o faça arrepender-se de seus pecados e ser converter o seu coração a Ele. Volte-se para o Senhor, entregue sua via a Jesus Cristo hoje. Receba seu perdão e nova vida. Se entregue inteiramente a ele e viva uma vida santa ou, do contrário, você nunca verá a Deus. Se você permanecer como está, sofrerá a morte eterna com certeza.

A Implantação de Igrejas no Brasil

O censo de 2000 constatou que 15% da população brasileira era evangélica. Fazendo uma projeção para o final de 2003 seria de 18%. Em nove anos, o número de brasileiros que se declarariam evangélicos seria o dobro. Se o mesmo ritmo de crescimento constatado na última década se repetir, ousamos afirmar que até o ano 2022 o Brasil se tornará 50% evangélico.
Na década de 80, o grupo religioso que cresceu mais rapidamente foi o das pessoas sem religião ou sem declaração de religião. Nos anos 90 foram os evangélicos. Isto pode indicar que ser evangélico está se tornando uma opção mais aceitável dentro da sociedade brasileira.
Diante disso, necessitamos urgentemente, buscar expandir o Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Para isso, necessitamos ter em mente alguns princípios elementares para a evangelização, e conseqüentemente implantação de igrejas em todas as localidades do nosso imenso Brasil e do mundo, cumprindo assim a Grande Comissão de Mateus 28.18-20. Mas, onde estão os evangélicos?
A presença evangélica varia muito conforme a região do país. Em alguns estados temos índices inferiores a 10%, em outros, mais de 20%. A região Sul do Brasil tem um crescimento pequeno: de 3 a 6% nos diferentes estados. A região Nordeste é a única região do Brasil que ainda possui estados que apresentam uma porcentagem menor do que 10% de evangélicos. Na região Norte tem os estados com as maiores porcentagens de evangélicos, ao lado do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Existem aproximadamente 150 mil igrejas evangélicas de todos os tipos. Entretanto, pesquisas de campo mostram que aproximadamente apenas um terço dos evangélicos estão nas igrejas num domingo típico. Cada região do País tem seus próprios desafios. Está comprovado que pelo menos 80% das pessoas em cada região não tem nenhuma participação na Igreja. As regiões Norte e Centro-Oeste têm a maior presença evangélica. As regiões Nordeste e Sul, de outro lado têm a menor presença evangélica. O Sudeste tem os grandes desafios que vêm com a urbanização e a concentração de população. A Igreja Evangélica do Brasil não é bem distribuída. Em todas as cidades e áreas rurais pesquisadas, foram encontrados lugares com muitas igrejas ao lado de outros com poucas. As regiões urbanas têm experimentado maior crescimento que as áreas rurais. A Igreja tem crescido mais entre os pobres do que entre os ricos. Vários grupos étnicos não foram ainda alcançados (tanto imigrantes quanto tribos indígenas). É urgente a necessidade de uma visão missionária pautada nas Escrituras Sagradas, para alcançar as partes do Brasil e do mundo que ainda não foram alcançadas. Por isso, é necessário seguirmos alguns princípios:
a. Identificar os lugares que ainda não foram alcançados.
b. Treinar líderes para as igrejas já existentes e para as que vão surgir.
c. Motivar as igrejas a plantar novas igrejas em lugares estratégicos.
Como parte do corpo de Cristo, temos como vocação, a tarefa de fazer discípulos de Jesus. A nossa estratégia tem como foco central à missão que pertence ao próprio Deus. A tarefa central é de formar uma liderança capacitada nos centros urbanos mediante a base de uma missão urbana relevante e contextualizada com a realidade existente (Mt 22.34-40; Mt 28.18-20).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Caminho da Restauração

O Salmo 51 é o registro da agonia da alma de Davi, após o seu terrível crime de adultério e assassinato. Davi viu, cobiçou, adulterou e tentou esconder o seu pecado. Ele usou quatro planos para encobrir o seu pecado: a) Dar férias ao marido de Bate-Seba.; b) Dar um banquete ao marido de Bate-Seba; c) Encomendar a morte do marido de Bate-Seba; d) Casar-se com Bate-Seba para esconder a gravidez. Tudo parecia perfeito. Todas as provas do pecado foram aparentemente destruídas. Só uma coisa ele não contavam: É que Deus estava vendo: “porém esta coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do Senhor” (2 Sm 11.27). Deus envia a Davi o profeta Natã. Ele conta um parábola. Davi lhe diz: “Este home deve morrer”. Natã lhe responde: “Tu és o homem”. Davi, então, é tomado por um sentimento de culpa e horror. E foi nessa condição que ele escreveu o Salmo 51. Aqui Davi reconheceu o seu pecado, arrependeu-se. Davi teve a absoluta certeza que necessitava de arrependimento, porque o seu pecado estava consumindo a sua alma. Enquanto Davi não confessou o seu pecado, a sua vida murchou, os seus ossos secaram, a alegria de salvação foi embora, porque a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite. Meu irmão, não existe libertação, cura nem restauração, onde não há arrependimento. Por isso, o primeiro passo da restauração é reconhecer o pecado que atrapalha nossa comunhão com Deus (v. 3). Davi por um tempo escondeu o seu pecado. Mas isso estava arruinando a sua vida. Ele, então, olhou de uma maneira séria o que havia feito. Convicção de pecado é o primeiro passo para a restauração. Não há esperança de perdão e restauração, enquanto você não reconhecer o seu pecado. Não olhe para os outros. Não julgue nem culpe os outros. Seja honesto com você mesmo. Pare de argumentar e se justificar. Faça como Davi: “Eu conheço as minhas transgressões” (v. 3). Faça como o filho pródigo: “Pai eu pequei contra os céus e diante de Ti”. O segundo passo da restauração é reconhecer o que nós temos feito (v. 1-2). Davi admite que foi rebelde. Sua própria vontade prevaleceu. Ele foi governado por um desejo lascivo. Fez o que a sua consciência reprovava. Foi um ato deliberado de desobediência, uma violação da autoridade divina. Examine seu coração. Há coisas pervertidas também: ciúme, inveja, malícia, impureza. O terceiro passo da restauração é confessar que tudo isso é feito contra Deus e diante de Deus (v. 4). Davi chama a atenção para a circunstância de seu pecado, embora fosse cometido contra o homem, tendo sido ocultado da vista humana, porém não da vista de Deus “Contra ti somente pequei”. Porque sempre que pecamos contra alguém, estamos pecando contra Deus que criou esse alguém. Estamos ferindo alguém amado por Deus. Davi violou sua consciência, desobedeceu a Palavra, ultrajou a santidade de Deus, escarneceu do seu amor, pisou na sua graça, cuspiu em sua bondade. Sempre que pecamos, a nossa consciência nos angustia, porque violamos a lei de Deus, pecamos contra Deus, traímos a Deus. O quarto passo da restauração é o reconhecimento de que não temos nenhuma desculpa nem direito (v. 4b). Davi está admitindo que o seu pecado foi resultado da sua teimosia. Reconhece que está totalmente errado. Nada tem a pleitear a seu favor. Enquanto você tentar se justificar, você não terá dado provas de arrependimento. O arrependimento é o reconhecimento de que você não merece nada senão o juízo. É como o publicano que bate no peito e diz: “Sê propício a mim, pecador”. Davi mostra que todo e qualquer pecado que cometemos é de inteira responsabilidade nossa e nunca de Deus. O último passo da restauração é reconhecer que a nossa natureza é essencialmente má ( v. 5). Davi reconhece que a razão de ter pecado não é o mundo fora dele, não é a beleza do corpo de Bate-Seba, é o seu coração sujo que está corrompido. O nosso maior problema somos nós. Não é simplesmente a guerra, é o nosso coração perverso. Não é a injustiça social, é o nosso coração avarento. Quando percebemos esta verdade a nosso respeito, a única coisa que podemos fazer é clamar como Davi: “Tem misericórdia de mim, ó Deus”. Depois de ver que necessitava de arrependimento, porque o seu pecado estava consumindo a sua alma, Davi teve um profundo desejo pelo perdão de Deus “Tem misericórdia de mim, ó Deus”. É preciso ter profunda consciência do seu estado e condição (v. 1). Davi estava aflito, sua alma estava desassossegada, seus ossos doem, seu choro é constante. A mão de Deus está pesando sobre ele. Então ele clama: “Tem misericórdia de mim, ó Deus”. É preciso também ter profundo desejo do perdão divino (v. 1b). Davi tem consciência da sua culpa. Ele não fugiu de Deus, ele correu para Deus. Ele desejou ser perdoado e purificado. É preciso ter profunda consciência da nossa total impotência (v. 16). Quando a consciência acorda é uma coisa tremenda. Mais cedo ou mais tarde a consciência de todo homem despertará. Às vezes, ela só desperta no leito da morte. Outras vezes, só depois da morte (Lc 16.19-31). A consciência do homem rico só despertou no inferno. É preciso ter uma nova atitude para com Deus (v. 1,17). A pessoa contra quem Davi pecou é Deus, mas a pessoa que ele deseja acima de tudo é Deus. Isso é o que faz diferença entre arrependimento e remorso. Quando Adão pecou, ele fugiu de Deus. Quando Judas pecou, ele abandonou a Cristo. Muitos ao pecarem deixam a Deus, a igreja, a Bíblia, a oração. Fogem de Deus. Esse é o caminho oposto do arrependimento. Mas Davi quer Deus. Ele sabe que só Deus pode restaurá-lo. Ele sabe que Deus é benigno, misericordioso e perdoador. Davi sabe que Deus não rejeita quem tem o coração quebrantado. Nós sabemos mais ainda. A cruz foi onde Jesus morreu pelos nossos pecados. Quando nos voltamos para a cruz, encontramos uma fonte de cura, restauração e perdão. Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar. O homem que não percebe que precisa de perdão não é cristão. Depois de ver que necessitava de arrependimento, porque o seu pecado estava consumindo a sua alma, Depois de um profundo desejo pelo perdão de Deus, Davi entendeu que necessitava de um novo coração (v.10). Esse é o nosso real problema. O nosso coração está errado. O que você precisa não é apenas de mais conhecimento, mas de um novo coração. Você não pode corrigir a você mesmo. Por isso, eis algumas Razões para termos um novo coração: Por causa da nossa natureza pecaminosa (v. 6). Nosso coração é enganoso e corrupto. Não podemos confiar em nós mesmos. Davi percebe que não dá para fugir de Deus, pois ele vê coração. Ele quer a verdade no íntimo. Não adianta fingir nem usar máscara; Por causa da nossa falta de sabedoria (v. 6b). Precisamos de discernimento de Deus para não errarmos, para não tomarmos decisões através da carne; Por causa da nossa incapacidade de mudarmos a nós mesmos (v. 10). O problema de Davi não é Bate-Seba, é o seu coração. Não é o mundo, é o seu coração. Ele sabe que só Deus pode dar um novo coração (2 Co 5.17). Quando existe arrependimento, a restauração acontece. A tristeza é convertida em grande alegria (v. 8,12). Essa alegria é a alegria de Deus. É a alegria da salvação, é alegria do céu. O seu pecado roubou dele temporariamente essa alegria. O pecado é um ladrão de alegria. Desejo de viver para a glória de Deus, testemunhando para os demais as maravilhas divinas (v. 13-15). Davi quer agora viver para agradar a Deus e não aos seus próprios desejos. Em vez de pedra de tropeço, instrumento de bênção para os outros. Davi não quer mais viver nas trevas, quer revelar aos outros a luz de Deus. O perdoado é aquele que não se contenta em apenas ter a bênção para si, ele quer ser portador dessa bênção para os outros. Amado, se você afastou-se de Deus e perdeu a alegria da salvação, é hora de retornar aos braços do Pai. Você pode agora, voltar-se para Deus e confessar seu pecado e receber a restauração do Senhor para sua vida.