segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Nova Criação

A Bìblia traz esperança, consolo e advertência. A palavra de ordem em todo a Bíblia não é de caos nem de desespero, mas uma ousada confiança em um Deus que tem todas as coisas debaixo do seu controle e faz todas as coisas conforme o seu querer. Em Apocalipse 21.1-8 fala da obra de Deus sendo refeita, recriada. O capítulo mostra o fim de toda miséria, injustiça, dor e luto. Ao falar do “novo”, João mostra a falência do “velho”, portanto, o apóstolo se refere à nova criação de Deus. Este texto é carregado de esperança na realização da nova criação de Deus, que chega através de um julgamento que cai sobre tudo: Natureza; Humanidade; História e Potências Mundiais. Você provavelmente deve estar se perguntando: O que posso esperar da Nova Criação? Em primeiro lugar, a nova criação representa o fim do Imperfeito (Ap 21.1). O “novo” vem porque o “velho” se tornou antiquado e envelhecido. A Bíblia mostra que o “velho” foi criado perfeito, mas o pecado transtornou todo o cosmos (Rm 8.20-21). Tudo o que enxergamos atualmente está adulterado do seu propósito inicial, por causa do pecado. Por esta razão, a natureza geme e sofre dores de parto, aguardando “novo céu e nova terra”. Em Gênesis 3, no relato da queda do homem, o homem passa a ter medo do seu Criador, perde o prazer de sua comunhão, torna-se marcado pela angústia, medo e fuga. Porém as implicações da queda foram muito além do campo espiritual, atingiu também a alma do homem, o seu mundo psicológico. O homem agora passa a viver uma existência em crise. Sentimentos como medo e fuga, passam agora a fazer parte do seu viver cotidiano. Essa imperfeição em seu ser, começa a manifestar-se nas relações com o próximo, o homem acusa a mulher de ser a responsável pela queda, transfere a sua culpa, nega sua responsabilidade. Apartir da queda, tudo o que vemos está manchado pela corrupção que o pecado trouxe a criação de Deus, tudo que existe está corrompido. Por isso, a nova criação vai restaurar o desejo original de Deus. E esse desejo por Deus é restaurado através de Cristo (2Pe 3.10-13). Em segundo lugar, a nova criação desvenda o fim dos mistérios (Ap 21.1). O mar muitas vezes é descrito como um símbolo de tribulação, revolta e mistério. Quantos segredos o mar oculto? Da mesma maneira olhamos o cosmos e nos surpreendemos com a quantidade de questões que enchem a nossa alma de ansiedade e medo. Por isso, a expressão o “mar já não existe” aqui em Apocalipse, mostra que os mistérios não existirão mais, tudo será desvendado. Será desvendado o problema do infinito; O mistério do porque da existência do mal; O dilema do sofrimento; O mistério da vida. Na nova criação, o mar já não existe. Céu é lugar de transparência, de absoluto conhecimento, tudo é transparente (Ap 4.6; 21.21). Em terceiro lugar, a nova criação estabelece uma comunhão sem barreiras com Deus (Ap 21.3). A Bíblia fala sobre duas realidades: Inferno e Céu. O Inferno é a absoluta ausência de Deus. Céu é a absoluta manifestação da presença de Deus. O inferno é assustador, porque nele Deus não está. No inferno, a angustia é mais intensa, as dores, e o pavor são sentidos sem consolo. É por isso que o inferno é descrito como “lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Já o Céu é lugar de plena comunhão e realização humana na presença do Criador. Em quarto lugar, a nova criação põe fim a dor e a angústia humana (Ap 21.4). A lágrima nos faz lembrar da angustia da perda, da solidão, do luto, do medo. A morte revela que somos transitórios neste mundo. Na nova criação, já não existirá medo, angustia nem morte, pois as primeiras coisas passaram, eis que se fizeram novas. Em quinto lugar, a nova criação é o ato final da criação divina (Ap 21.6). A expressão “tudo está feito”, mostra a consumação do propósito divino de todas as coisas. Jesus mostra isso na cruz quando Ele exclama “Está consumado” (Jo 19.30). Jesus estava dizendo que tudo estava consumado acerca da obra de redenção que foi efetuada na cruz. O v.6 mostra que o Deus da redenção é o mesmo da criação, assim, a nova criação tem profunda implicação na redenção da criação, porque a história da criação encerra-se com mais um ato criativo de Deus quando se dá a consumação, porque Deus cria até quando está concluindo (Rm 8.21). Podemos concluir que a expressão “estas palavras são fiéis e verdadeiras” mostra que a nova criação não é uma história para crianças dormir, mas Palavra de Deus para toda humanidade, pois somente quem tiver lavado suas vestiduras no sangue do cordeiro, desfrutara do paraíso celestial que Cristo dá a todo que nele crê.

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