segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As Últimas Palavras de Deus à Humanidade

Um homem que não tinha temor algum de Deus, diante da morte gritou desesperado: “amigos creiam na eternidade”. O livro de Apocalipse sintetiza e faz a conclusão de todos os demais temas da Bíblia. Apocalipse nos revela o capítulo final da humanidade, traz o projeto final de Deus para a humanidade. E o texto de Apocalipse 22.6-21, é constituído de uma série de pequenos lembretes e advertências de Deus à humanidade. Neste texto vemos as últimas palavras de Deus à humanidade. Deus nos lembra que sua palavra é absolutamente digna de confiança (Ap 22.6). O que está narrado em Apocalipse é verdadeiro é fiel. Você deve perguntar: Por que o anjo faz questão de assegurar isso a João? A resposta é que Deus sabia que o diabo poderia causar uma crise de dúvidas no coração deste homem, assim como causou no coração de João Batista quando estava preso (Mt 11.2-11). O anjo dá a João uma contraprova, uma palavra de encorajamento, mostrando que tudo o que ele ouviu não era fruto de sua mente, nem resultado de alucinações, mas a revelação de Deus ao seu povo, verdadeira e confiável (Ap 1.1; 3.14; 19.9; 21.5). Mas essa afirmação pode ter sido feita por causa de nós, por causa da incredulidade do coração humano de crer no conteúdo deste livro. Assim, o anjo reafirma a João no v.7 “Bem aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Deus Reafirma que o Futuro está Próximo (Ap 22.7). Muitos negligenciam esta palavra de Deus, achando-a demorada. Desde a época apostólica até hoje, muita dúvida tem sido lançada a respeito da volta de Jesus (2Pe 3.4). Por isso, Deus conclui suas últimas palavras e advertências a humanidade, e faz questão de enfatizar “Bem aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Mas você deve estar se perguntando agora: Por que devemos esperar esta promessa. Se Jesus a fez há tanto tempo atrás e até hoje ela não se cumpriu? O que é importante lembrar, é que a Bíblia faz uma conexão entre tempo e eternidade que é de difícil compreensão da mente humana. O apóstolo Pedro em 2Pe 3.8-9, explica essa tenção entre o nosso tempo e o tempo de Deus dizendo: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. Não se esqueça “Deus lê o tempo e a história com as lentes da eternidade, enquanto nós temos a vida de forma cronológica”. Cristo está voltando e o propósito de Apocalipse, é providenciar motivação para uma vida de santidade (Ap 21.12-13). Portanto, não deixe o seu coração ficar endurecido em meio à descrença, mas arrependa-se e clame o perdão que Cristo dá. O tempo está próximo, por isso, Deus afirma que a sua Palavra deve ser anunciada (Ap 10.11; 22.10). Deus mostra que sua Palavra Provoca Santidade em Alguns e Rebeldia em Outros(Ap 22.11). Muitos ouvirão a Palavra de Deus, mas poucos sentirão necessidade de refletir a respeito do estado de tristeza de sua alma, e mudarão de atitude com relação a sua vida para com Deus, com relação às coisas espirituais. Aqueles que respondem ao chamado de Deus em arrependimento e fé são zombados pelas suas escolhas, porque os valores sociais e humanos privilegiam quem pratica injustiça. Mas, por amor a Deus, tais pessoas continuam a praticar a justiça. Não se vendem, não se deixam subornar, não negociam valores que são eternos (Ap 22.12). Em Hebreus 11.24-26, olhamos isso na vida de Moises. “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. Deus nos Lembra que ainda é Tempo de Salvação (Ap 22.14). Não existe outro caminho para o céu a não ser que a nossa vida seja purificada pelo sangue do cordeiro. Mas haverá uma hora que será tarde para arrependimento diz Isaías 55.6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”. O termo “vestes”, descrito em Apocalipse, refere-se ao nosso caráter. Palavra de Deus em Apocalipse é clara com respeito à necessidade de uma vida pura e santa (Ap 22.15). Por isso, o Evangelho é anunciado aqui como um convite para aqueles que têm sede, para aqueles que desejam serem lavados pelo sangue do cordeiro (Ap 22.17). O texto nos mostra de que forma Deus chama as pessoas à salvação: Em primeiro lugar, é o Espírito Santo que nos convida e convence a ir até Cristo. O Espírito Santo é o principal agente motivador para que nos voltemos a Deus. É Ele quem nos convence do pecado, e da justiça e do juízo de Deus (Zc 4.6 “Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos”). Em segundo lugar, a noiva convida você vir até Cristo. A noiva é uma referência clara à Igreja de Cristo. Ela é a boca de Deus para tornar a mensagem da salvação conhecida a todos os homens em todo lugar, sem acrescentar e sem tirar nada da sua Palavra (Ap 22.18-19). Como responder a estas últimas palavras de Deus a humanidade? Entregue sua vida a Cristo hoje., confesse  seus pecados a Ele, e receba o perdão que Cristo dá. Não se esqueça de levar  a sério a Palavra de Deus, nada além da Bíblia deve ser ouvido e vivido por você. Ela traz as palavras de salvação ao homem caído.

A Nova Criação

A Bìblia traz esperança, consolo e advertência. A palavra de ordem em todo a Bíblia não é de caos nem de desespero, mas uma ousada confiança em um Deus que tem todas as coisas debaixo do seu controle e faz todas as coisas conforme o seu querer. Em Apocalipse 21.1-8 fala da obra de Deus sendo refeita, recriada. O capítulo mostra o fim de toda miséria, injustiça, dor e luto. Ao falar do “novo”, João mostra a falência do “velho”, portanto, o apóstolo se refere à nova criação de Deus. Este texto é carregado de esperança na realização da nova criação de Deus, que chega através de um julgamento que cai sobre tudo: Natureza; Humanidade; História e Potências Mundiais. Você provavelmente deve estar se perguntando: O que posso esperar da Nova Criação? Em primeiro lugar, a nova criação representa o fim do Imperfeito (Ap 21.1). O “novo” vem porque o “velho” se tornou antiquado e envelhecido. A Bíblia mostra que o “velho” foi criado perfeito, mas o pecado transtornou todo o cosmos (Rm 8.20-21). Tudo o que enxergamos atualmente está adulterado do seu propósito inicial, por causa do pecado. Por esta razão, a natureza geme e sofre dores de parto, aguardando “novo céu e nova terra”. Em Gênesis 3, no relato da queda do homem, o homem passa a ter medo do seu Criador, perde o prazer de sua comunhão, torna-se marcado pela angústia, medo e fuga. Porém as implicações da queda foram muito além do campo espiritual, atingiu também a alma do homem, o seu mundo psicológico. O homem agora passa a viver uma existência em crise. Sentimentos como medo e fuga, passam agora a fazer parte do seu viver cotidiano. Essa imperfeição em seu ser, começa a manifestar-se nas relações com o próximo, o homem acusa a mulher de ser a responsável pela queda, transfere a sua culpa, nega sua responsabilidade. Apartir da queda, tudo o que vemos está manchado pela corrupção que o pecado trouxe a criação de Deus, tudo que existe está corrompido. Por isso, a nova criação vai restaurar o desejo original de Deus. E esse desejo por Deus é restaurado através de Cristo (2Pe 3.10-13). Em segundo lugar, a nova criação desvenda o fim dos mistérios (Ap 21.1). O mar muitas vezes é descrito como um símbolo de tribulação, revolta e mistério. Quantos segredos o mar oculto? Da mesma maneira olhamos o cosmos e nos surpreendemos com a quantidade de questões que enchem a nossa alma de ansiedade e medo. Por isso, a expressão o “mar já não existe” aqui em Apocalipse, mostra que os mistérios não existirão mais, tudo será desvendado. Será desvendado o problema do infinito; O mistério do porque da existência do mal; O dilema do sofrimento; O mistério da vida. Na nova criação, o mar já não existe. Céu é lugar de transparência, de absoluto conhecimento, tudo é transparente (Ap 4.6; 21.21). Em terceiro lugar, a nova criação estabelece uma comunhão sem barreiras com Deus (Ap 21.3). A Bíblia fala sobre duas realidades: Inferno e Céu. O Inferno é a absoluta ausência de Deus. Céu é a absoluta manifestação da presença de Deus. O inferno é assustador, porque nele Deus não está. No inferno, a angustia é mais intensa, as dores, e o pavor são sentidos sem consolo. É por isso que o inferno é descrito como “lago de fogo e enxofre” (Ap 20.10). Já o Céu é lugar de plena comunhão e realização humana na presença do Criador. Em quarto lugar, a nova criação põe fim a dor e a angústia humana (Ap 21.4). A lágrima nos faz lembrar da angustia da perda, da solidão, do luto, do medo. A morte revela que somos transitórios neste mundo. Na nova criação, já não existirá medo, angustia nem morte, pois as primeiras coisas passaram, eis que se fizeram novas. Em quinto lugar, a nova criação é o ato final da criação divina (Ap 21.6). A expressão “tudo está feito”, mostra a consumação do propósito divino de todas as coisas. Jesus mostra isso na cruz quando Ele exclama “Está consumado” (Jo 19.30). Jesus estava dizendo que tudo estava consumado acerca da obra de redenção que foi efetuada na cruz. O v.6 mostra que o Deus da redenção é o mesmo da criação, assim, a nova criação tem profunda implicação na redenção da criação, porque a história da criação encerra-se com mais um ato criativo de Deus quando se dá a consumação, porque Deus cria até quando está concluindo (Rm 8.21). Podemos concluir que a expressão “estas palavras são fiéis e verdadeiras” mostra que a nova criação não é uma história para crianças dormir, mas Palavra de Deus para toda humanidade, pois somente quem tiver lavado suas vestiduras no sangue do cordeiro, desfrutara do paraíso celestial que Cristo dá a todo que nele crê.

Revelando a Natureza de Deus


Uma pergunta é constantemente feita pelas pessoas: Quem está por detrás do livro de Apocalipse? A resposta é que o livro de Apocalipse revela de inicio a identidade do Pai e do Filho. O Pai é descrito como aquele que transcende os limites de nossa temporalidade “ele é aquele que é que era, e que há de vir” (Jr 29.11). Ou seja, Deus é Eterno (Ap 1.8). Vivemos angustiados porque desconfiamos do caráter santo de Deus e de suas motivações a nosso respeito. Outro fator de profunda angustia é a nossa incredulidade que não considera a existência de um Deus soberano e amoroso. Quando a Bíblia fala que Deus é o “Alfa” e o “Omega”, ela mostra que Ele é o ponto de partida do cosmos, assim como o ponto final de todas as coisas. Deus se revela como um Deus Triuno (Ap 1.4,8; 3.1; 4.5; 5.6). A mensagem de Apocalipse é dada pela Trindade (Gn 1.26). A Trindade mostra que nem Deus, que é auto-suficiente, opta por viver de forma autônoma, mas pelo contrário, em comunidade. A mensagem de Apocalipse descreve Deus como o Todo-poderoso, ou seja, seu poder não é determinado por nenhuma força externa, pois nele existe todo o poder (Ap 4.8; 11.17; 15.3; 16.7,14; 19.6,15; 21.22). Deus é o Senhor de todas as batalhas. Apocalipse revela Deus como o Princípio, o Meio, e o Fim da História (Ap 21.6). Ele é o “Alfa e o Ômega” (Ap 1.8). Não estamos entregues à um destino impiedoso, mas nas mãos de um Deus sábio e gracioso. O livro de Apocalipse descreve Jesus como a Fiel Testemunha (Ap 1.5). Isso porque Jesus é aquele que anunciou as boas novas de salvação (Fp 2.7-8). Jesus veio para testificar as obras de Deus, para revelar o Pai e torná-lo conhecido entre os homens (Jo 1.18; 5.30,37; 8.28,38; 10.36). Ele é o Cordeiro de Deus, designado à morte (Ap 13.8). Jesus é também o Primogênito dos Mortos (Ap 1.5; Cl 1.18; 1Co 15.20). Isso mostra que Jesus veio exercer vitória sobre a morte, trouxe novas perspectivas à eternidade humana (Hb 2.14-15). Apocalipse mostra também Jesus como o Soberano dos reis da Terra (Ap 1.5-8). Todas as figuras relacionadas a Jesus neste capítulo reivindicam honra, glória, dignidade, soberania e majestade (Ap 19.15-16; Hb 2.8). Jesus é descrito como aquele que tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18; 1Pe 3.19). Jesus também é descrito como nosso Libertador (Ap 1.5). Jesus nos substituiu na cruz, morrendo pelos nossos pecados (1Co 15.3; 1Pe 3.18; Hb 9.28). A purificação de nossos pecados se dá pela obra de Cristo na cruz (Ap 7.14). Jesus nos liberta de nossa vergonha, pecado e culpa. Entender a obra de Cristo na cruz, é um dos caminhos mais libertadores para a alma humana (Ap 7.13-14). Apocalipse mostra que Jesus criou um povo especial para glorificar o nome de Deus (Ap 1.6; 20.6; 1Pe 2.9). Podemos então concluir, que a maior revelação que podemos ter na vida não esta relacionada a eventos escatológicos em si mesmos, antes, a maior revelação que podemos ter é aquela que leva a entender quem Jesus é, o que ele veio fazer entre nós e sua obra substitutiva, expiatória e sacrificial por nós (1Tm 1.15).


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Descansando em Deus em meio as Tempestades

As tempestades de problemas vez ou outra aparecem em nossa vida para entendermos que há muita diferença entre atravessar uma tempestade dentro da vontade de Deus, e atravessar descansando na vontade de Deus. O texto de Atos 27.20-26 mostra isso claramente, porque mostra um homem que descansava na vontade de Deus, porque tinha conhecimento, intimidade com esse Deus. Paulo descansava em meio às tempestades da vida, porque sabia para onde ia, ele vivia a vontade de Deus. Ele sabia que ir para Roma era vontade de Deus. Paulo sábia que o fato de estar preso era vontade de Deus, estava nos planos eternos de Deus. O Senhor Jesus quer que eu e você façamos a vontade dele, mesmo abandonados, mesmo doentes, mesmo perseguidos, mesmo incompreendidos, mesmo presos. Porém, quantos hoje estão fugindo de Deus, fugindo dos compromissos, fugindo do chamado de Deus para sua vida. Paulo sabia que a sua prisão fazia parte do plano de Deus. Na prisão ele animou crentes desanimados, influenciou pessoas, orou, aconselhou, advertiu, encorajou, foi usado por Deus. Ele se entregou à vontade de Deus, se entregou ao chamado de Deus. É interessante que em meio à tempestade, Paulo não reclama, não murmura, mas ora por todos. Fala do povo para Deus, e de Deus para o povo. Ele sabe que tem que buscar forças em Deus. Ele vê o vento, a tempestade e sabe que vai chegar. Paulo não diz “a tempestade está amarrada”. Ele vê a soberania de Deus nos eventos da natureza. Precisamos assim como Paulo, exercitar a nossa fé em Cristo em meio às tempestades da vida da seguinte maneira. Precisamos ser realistas com a vida (At 17.9-11, 33-34). Seja realista, nada acontece a nós, se não for propósito de Deus (Rm 8.28). Além de realista, seja positivo em suas atitudes (At 27.21,22). Não fique a criticar e reclamar, mas busque em Deus solução, em meio aos problemas diga “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Mude também o seu senso de valor (At 27.22b). Muitas vezes, damos mais valor a coisas do que as pessoas. Mais valor ao carro do que a família. Mais tempo para o trabalho do que para os filhos. Além disso, não se esqueça de acreditar no agir de Deus em meio às tempestades da vida (At 27.23-26). Saiba que existe um Deus que se relaciona conosco, que intervém na nossa vida sempre, esse Deus comando tudo. Por isso, acredite no seu chamado (At 28.8,9), no chamado para ser um mensageiro das boas novas de salvação. Portanto, em meio às tempestades da vida, não fique a reclamar e achar que você é um coitadinho, mas pelo contrário, saiba que em Jesus nós somos mais que vencedores. Então visite os enfermos e ore por eles. Fale de Jesus com autoridade para seu vizinho, colega de trabalho, colega de escola ou faculdade, ministre a Palavra de Deus para sua família, e veja o mover do Senhor Jesus Cristo na sua vida, e na vida das pessoas a sua volta.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Situações que Nos Levam a Negar a Cristo

A história de Policarpo me fascina, ele era bispo da Igreja de Esmirna, aquela de Apocalipse 2.8-11, ele foi discípulo de João. Fiel até a morte, esse venerável líder foi queimado na fogueira no ano de 155 A.D. Foi – lhe ordenado dizer: “César é Senhor”, mas ele se recusou. Levando ao estádio, o procônsul instou com ele: “Nega a Cristo; nega-o e eu o porei em liberdade”. A isso Policarpo respondeu: “Por 86 anos eu o tenho servido e Ele jamais me causou qualquer mal: como, pois, eu poderia blasfemar contra meu Rei e meu Salvador?” Quando o procônsul novamente o pressionou, o velho homem respondeu: "Visto que em vão instas que eu o negue, juro pela prosperidade de César e ignore não conhecer quem sou e o que sou, declaro aqui com ousadia, que sou Cristão!” Pouco depois o procônsul disse: “Tenho feras selvagens à minha disposição; e eu o lançarei às feras caso não te arrependas. Eu o farei ser consumido pelo fogo uma vez que desprezas as feras, se não te arrependeres”. Mas Policarpo disse: “Ameaças-me com o fogo que pode durar por uma hora e, então, se apaga, mas ignoras o fogo do julgamento vindouro e a punição eterna reservada para os ímpios. Por que demoras? Faça sua vontade”. Logo depois Policarpo foi queimado na fogueira. Você já negou a Jesus? Muitos pensam que negar a Jesus é o fato de quando somos perguntados se acreditamos em Jesus Cristo, a nossa resposta ser “não”, daí estaremos negando a Cristo. Mas é muito mais que isso, no dicionário Aurélio encontramos entre outros significados o de não reconhecer, ou seja não reconhecer Jesus como o seu Senhor e Salvador. No Evangelho de Lucas 22.54-62 mostra os sacerdotes e os escribas, planejando como iriam tirar a vida de Jesus. Do versículo 3 ao 6, Lucas mostra Judas traindo a Jesus por trinta moedas de prata (Mt. 26.15). No versículo 34 Pedro é avisado por Jesus, que ele o negaria três vezes. Do versículo 39 ao 46 Lucas mostra Jesus no Getsêmani, em profunda agonia, Pedro se encontrava ali (Mt. 26.37). Neste mesmo local ocorre à prisão de Jesus, versículo 47 a 53, João 18.10 mostra Pedro sacando da espada e ferindo um dos saldados, e depois fugindo (Mt. 26.56), deixando Jesus sozinho. Pedro novamente aparece nos versículos 54 a 62, essa passagem mostra Pedro enfrentando uma situação dificílima em sua vida, negar a Cristo e optar pela sua vida ou confirmar sua fé e morrer juntamente com Cristo. Ele optou por negar Jesus por três vezes. No lugar de Pedro o que você faria? Pense e seja sincero Deus conhece os seus pensamentos e o seu coração. É diante do exemplo negativo de Pedro, que eu gostaria de falar com os amados, sobre as Situações que Nos Levam a Negar a Cristo. A primeira situação ocorreu quando Pedro assentou na roda dos escarnecedores. (vs. 55). O Salmo 1 diz: “Bem aventurado o homem que não se detém no caminho dos pecadores nem se assenta na roda dos Escarnecedores”. A palavra “Escarnecedor significa uma pessoa que vive a zombar de outra pessoa, uma pessoa que não tem reverencia, respeito, muito menos temor a Deus”. Parece que Pedro não deu atenção a isso. Os guardas, os criados do sumo sacerdote e as pessoas que se encontravam no pátio da casa do sumo sacerdote estavam a zombar de Cristo. Junto dessas pessoas se encontrava Pedro, sentado junto a eles, compartilhando do mesmo fogo que os aquecia do frio que tomava conta das noites em Jerusalém. Pedro literalmente estava compartilhando da roda dos escarnecedores, e isso foi um fator importantíssimo para ele negar a Cristo. Sendo assim ele se colocou no meio dos zombadores (v.55), quando Pedro se colocou no meio deles, ele se expôs a tentação de negar a Cristo. Pedro quando perguntado sobre ser um dos discípulos de Jesus, começou praguejar a Cristo (Mc. 14.71). Isso acontece porque quando andamos com pessoas que não temem a Deus, nos momentos de incertezas de nosso coração, somos tentados a sermos levados pelas influencias do meio ao qual estamos, e essa influência caracteriza as nossas manifestações tanto internas como externas, e foi isso que aconteceu com Pedro, e assim ele não reconheceu a Jesus como seu Senhor. Tudo isso aconteceu porque Pedro começou a seguir Jesus de longe (vs. 54), talvez ele estivesse com medo de alguém o reconhecer como um discípulo de Jesus. Eu não sei como está a sua vida, mas, talvez você esteja como Pedro, seguindo Jesus de longe, levando uma vida que não agrada ao Senhor, talvez você esteja deixando as coisas de Deus para depois, não ligando muito para a Palavra de Deus, não querendo ser intimo do Senhor, não querendo ser reconhecido como crente, talvez porque isso pode pegar mal no local onde você trabalha, o seu chefe pode não gostar, ou quem sabe os seus amigos podem começar a zombar de você, é, ser ridicularizado por causa de Cristo não vale a pena. É talvez isso deva estar acontecendo com você hoje. Seguir Jesus de longe é separar-se de Cristo e ajuntar-se aos ímpios. Desde que Pedro começou a seguir a Jesus de longe, ele não tinha mais forças nem razão para evitar a companhia dos perversos inimigos de Jesus. Quando buscamos a companhia dos ímpios, nós somos tentados a não reconheceremos mais a Jesus como nosso Senhor. E foi isso que aconteceu com Pedro. O fato é que isso tudo aconteceu porque Pedro não deu ouvido ao alerta de Jesus sobre a oração. Pedro negligenciou a oração, diante do aviso de Jesus sobre o dever de orar para se livrar da tentação, o apóstolo se deixou levar pelo cansaço da carne (vs. 45-46). Mais uma vez o Senhor Jesus estava advertindo a Pedro, sobre os momentos de provações que o apóstolo iria passar, mas Pedro não deu ouvidos à palavra do Senhor. Note o vs. 45 mostra Jesus encontrando os discípulos dormindo de tristeza, essa tristeza o grego define não como magoa ou dor, mas uma tristeza emocional, que pode ser traduzida como cansaço. Talvez porque estivessem a um longo tempo esperando Jesus voltar de sua oração, pois já era tarde, mais ou menos meia-noite ou mais. Quantos de nós não deixamos de orar porque estamos cansados do dia de trabalho, estudos, preocupações ou por puro relaxo. Quando paramos de orar estamos propícios a negar a Cristo, pois começamos a viver a vida dos ímpios, e esquecemos de viver para Cristo. Isso acontece porque começamos a não dar crédito à Palavra do Senhor. A segundo situação, ocorreu quando Pedro não deu crédito à Palavra do Senhor. (v.61). Pedro quando alertado por Jesus sobre a sua fé, disse “Senhor estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte”, ele estava demonstrando naquele momento a sua autoconfiança, mas essa autoconfiança não era na palavra de Jesus, mas nele próprio, Pedro, ele não reconhecia a sua extrema fraqueza espiritual. O seu orgulho falava mais alto, o grande pescador não queria aceitar a sua pequenez, e ver que é o Senhor ao qual está a sua frente que capacita os descapacitados. Pedro não deu ouvidos ao aviso do Senhor Jesus sobre Satanás, não quis ver que o Maligno é um inimigo furioso, ele não deu crédito à Palavra do Senhor Jesus, Pedro não deu atenção à placa de sinalização levantada por Jesus. Mas o Senhor Jesus no vs. 33, diz “Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três vezes negarás que me conheces...”, Jesus está lembrando a Pedro, que a força semelhante à rocha não é encontrada na confiança própria, mas no Senhor. Isso me faz pensar, quantas vezes tentamos resolver nossos problemas confiando em nós mesmos, e menosprezando à Palavra de Deus. Pedro também foi assim, só que no momento pior de sua vida ele correu de medo (Mt 26.56), ele não confiou em suas forças, porque certamente viu que ele não era nada sem o Senhor. Um sinal que nós mostra quando estamos confiando em nós mesmos e não no Senhor Jesus, é quando paramos de orar e começamos a dar mais crédito a palavra dos homens, do que a de Deus. E assim somos tentados a ceder as pressões que o mundo exerce sobre nós. Quando Pedro se encontrava no meio daqueles que zombavam de Jesus, algo impactante aconteceu, Jesus olhou para o aglomerado de pessoas onde Pedro se encontrava, esse olhar foi como uma flecha ao encontro do coração de Pedro. O v.61 mostra esse olhar fuzilante de Jesus, direcionado a uma única pessoa, é a Pedro. Foi um Olhar de Reprovação. Pensemos com que aspecto de repreensão Cristo olhou para Pedro. Foi um Olhar de Lembrança. Jesus estava dizendo: “lembra das minhas palavras, do meu alerta? Você não deu crédito, achou que ela não era verdadeira. E agora você crê?”. Foi um Olhar de Admoestação. Era Jesus dizendo: “você que bateu no peito e disse que estava disposto a confessar-me como Filho de Deus, e prometeu-me de modo solene jamais me negar, o que fazes agora?”. Foi um Olhar de Compaixão. Jesus mostrando que se Ele não ajudar o homem caído pelo pecado a levantar do seu estado, esse homem jamais consegue por sua própria força levantar. Foi um Olhar Significativo. Significava a passagem da graça ao coração de Pedro, para capacitá-lo ao arrependimento. O olhar de Cristo fez com que Pedro tivesse consciência do seu estado ao qual se encontrava. Não foi o olhar de Cristo que restaurou a Pedro, mas sua graça maravilhosa, que estava contida nesse olhar, o capacitou a arrepender-se e chorar amargamente a sua falta de fidelidade para com o Senhor Jesus. Estas situações mostram um caminho pelo qual não devemos andar. Diante disso faça um compromisso sério hoje com Jesus, segui-lo de uma vez por todas. Chega de orgulho, incredulidade, esqueça o que o mundo vai pensar de você, e entregue o seu caminho a Jesus. Deus nos concede oportunidade de nós começarmos de novo, as oportunidades em Deus são ilimitadas, sempre a possibilidades de um recomeço. Pedro olhou para o seu fracasso, e viu nele uma oportunidade para um recomeço, ele aprendeu com o seu erro, ele viu que ainda existe esperança para o homem, essa esperança é Jesus. A vida com Deus é simples e de total dependência dele. Pedro era um homem, vaidoso, arrogante, orgulhoso. Mas quando teve um encontro verdadeiro com Cristo e passou pela lição de humildade, ele entendeu, que ele não era nada, Cristo sim, é que era tudo. Pare de viver longe de Deus, olhe para a Cruz de Cristo, e veja que viver com Cristo é viver na sua dependência. Sem oração não há comunhão com Deus. Enfrentamos as maiores dificuldades na vida quando abandonamos a nossa vida devocional. Aquele que não ora, não tarda â um dia, negar a Jesus. Não viva a achar que não precisa orar porque Deus já sabe, se Deus não quisesse que você orasse, Jesus não tinha alertado a Pedro a orar para não cair em tentação. O crente tem que aprender que viver para Cristo é viver de joelhos, buscando sempre a vontade de Cristo, agradecendo a Ele por todas as suas maravilhas. Não fique sem orar, dobresse diante do Senhor e aprenda a viver na sua dependência. Não ceder as pressões do mundo. Muitos crentes cedem as pressões do mundo, e para serem aceitos em suas rodas de relacionamento, abrem mão de Jesus. Trocam o amor de Jesus por uma mesa cheia de cerveja, por uma noite de amor em um desses motéis da vida, etc. Outros são levados pelas suas vaidades, que se encontram extremamente ligadas com as do mundo, mas quando buscamos ser guiados pela humildade de Cristo, somos levados a vencer as pressões do mundo. Pare de achar que você é vitima, pare de olhar para os lados. Olhe para você, reconheça o seu estado, olhe para frente, olhe para Cristo. Somente em Jesus podemos vencer, Ele não te desampara jamais, creia nisso e seja feliz com Jesus.